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Quebra de sigilo apenas após depoimento, diz Delcídio

Jacqueline Lopes / Campo Grande News - 25 de julho de 2005 - 16:32

O presidente da CPI, senador Delcidio Amaral (PT-MS), afirmou em entrevista à TV Senado que os parlamentares aprenderam uma lição: não pedir a abertura dos sigilos antes de ouvir os depoentes, já que, na condição de investigados - após a quebra - eles sempre recorrem à proteção do habeas corpus.
“Não se deve quebrar os sigilos antes de ouvir as pessoas”, ponderou.

A mulher e sócia do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, Renilda Maria Santiago, vai depor amanhã à CPI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Correios), segundo informações da Agência Senado. Souza está sendo acusado de operar o “mensalão” -

A exemplo do marido, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e do ex-secretário-geral da legenda Sílvio Pereira, Renilda Santiago também entrou com pedido de habeas corpus preventivo no STF (Supremo Tribunal Federal). Até hoje cedo, o pedido ainda não tinha sido julgado, de acordo com informações da assessoria do STF.
O presidente do STF, ministro Nelson Jobim, deve analisar o pedido ainda nesta tarde.

Para o senador Alvaro Dias (PSDB-PR), não há problema em que Renilda compareça à comissão protegida pelo recurso jurídico para depor à CPI.
“O habeas corpus não ensina a mentir, ela mente se preparada para a mentira. Eu não vejo motivos para ela mentir, já que certamente não é a responsável pela arquitetura desse plano de corrupção”, disse Dias, acrescentando imaginar que Renilda Santiago esteja “contrariada” e tenha "motivos de sobra para dizer verdades e trazer informações”.

Nesta semana, além do depoimento de Renilda, os parlamentares poderão fazer diligências a bancos e empresas em busca de documentos, com o apoio da Polícia Federal. Amaral também afirmou que providências mais duras, como mandado de busca e apreensão, poderão ser tomadas, caso persista a dificuldade de acesso da CPI aos documentos.
Os parlamentares também estão ansiosos pela chegada dos papéis apreendidos pela polícia em Belo Horizonte (MG), onde se encontra a lista de beneficiários dos saques realizados no Banco Rural. A documentação foi enviada ao STF.

Na quarta-feira, a CPI realizará reunião administrativa para discutir e votar novos requerimentos. No dia 2 de agosto ouvirá os responsáveis pelos maiores saques das contas do Banco Rural identificados até agora: a funcionária da SMPB Simone Vasconcelos e o policial civil de Minas Gerais David Rodrigues Alves.
O senador Romeu Tuma (PFL-SP), em entrevista à TV Senado na manhã de segunda-feira (25), revelou que está trabalhando pela apreensão do veículo Land Rover do ex-secretário geral do PT Silvio Pereira. O carro foi presente de César Oliveira, dono da empresa GDK, que venceu licitações para a adaptação de plataforma da Petrobras.

O carro deve ser apreendido, já que é uma prova material clara da corrupção praticada por Silvio Pereira, avaliou o senador.

Tuma também criticou as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante o fim-de-semana, que acusou "as elites" de tentarem derrubá-lo:
“Não entendo qual elite quer derrubá-lo. É uma agressão inesperada”.

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