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Quatro mitos e verdades sobre a má digestão

Gazeta Esportiva - 14 de dezembro de 2017 - 11:00

A má digestão pode ocorrer por diversos motivos, mesmo nos casos em que se consomem alimentos mais saudáveis. É um distúrbio da digestão caracterizado por um conjunto de sintomas relacionados ao trato gastrointestinal superior, como dor, queimação ou desconforto na região superior do abdômen. O aparecimento ou piora pode estar relacionado à alimentação ou ao estresse.

De acordo com uma pesquisa do Ibope Inteligência, realizada em novembro de 2016, com 2002 entrevistados no Brasil encomendada por Eparema, nos dois últimos anos houve um aumento de 9% no aparecimento dos sintomas da má digestão entre as classes sociais A/B. Além disso, os moradores da região Sudeste também passaram a apresentar mais sintomas de má digestão, atingindo, no mesmo, período, uma porcentagem 43 a 52% dos entrevistados.

Situações do dia-a-dia podem tanto aumentar como diminuir este incômodo e, para entender melhor sobre o tema, o Dr. Joaquim Prado Moraes-Filho, Professor de Gastroenterologia da USP e Presidente da Sociedade Brasileira de Motilidade Digestiva e Neurogastroenterologia, traz uma lista sobre os mitos e verdades mais comentados e questionados sobre o assunto.

1. Existem alimentos que dificultam a boa digestão: verdade.
De acordo com o doutor, “alguns alimentos podem retardar o tempo de esvaziamento gástrico e, eventualmente, provocarem sensação de estufamento e desconforto na região do estômago”. Ele refere que alimentos gordurosos, em particular, costumam propiciar este esvaziamento gástrico mais lento, provocando a má digestão. No entanto, outros fatores também podem contribuir para o quadro, como ingerir bebidas gasosas durante as refeições, comer rapidamente e estresse. Além disso, é recomendável evitar o consumo frequente de produtos que raramente estão presentes nas refeições habituais, pois também podem provocar o sintoma com mais facilidade.

2. Má digestão pode provocar doenças graves: mito.
O incômodo, em si, não provoca doenças graves, mas pode ser um dos sintomas delas. Em geral, a condição é um sintoma passageiro com duração de um ou poucos dias. O especialista destaca que quando o sintoma se torna persistente, apesar dos cuidados tomados, convém ouvir o clínico e este, através do interrogatório médico bem elaborado juntamente ao exame físico, poderá solicitar a realização de exames específicos para descartar enfermidades como gastrite, úlcera e neoplasias. ‘Dessa forma, é importante estar sempre atento ao tempo e formato dos sintomas e não hesitar em procurar auxílio médico’, reforça.

3. Comidas saudáveis evitam a má digestão: verdade.
A alimentação saudável consiste na ingestão de alimentos naturais às refeições, com moderação nas gorduras e alimentos muito temperados. A quantidade a ser ingerida é variável de pessoa a pessoa conforme o peso, idade, altura e outros aspectos fisiológicas. O Dr. Prado esclarece que, de modo geral, uma dieta balanceada inclui alimentos proteicos, como frango, peixe, carne vermelha não-gordurosa e ovos, açúcares, leite e derivados, legumes e frutas. “Em correta quantidade, a alimentação saudável não promove a má digestão e é crucial para a manutenção da qualidade da saúde”, afirma.

4. Beber durante as refeições provoca má digestão: mito.
O ato dificulta a boa digestão, mas não necessariamente provoca o incômodo. O especialista aponta que a ingestão moderada de água e eventualmente vinho, durante as refeições, não deve dificultar a boa digestão. “O que efetivamente pode comprometer o processo digestório por conta da do estômago é a ingestão de bebidas gasosas, sobretudo em grandes quantidades”. Outros fatores que contribuem para a digestão saudável é também considerar o modo de comer e o ambiente da hora da refeição. O médico indica que, sempre que possível, o local deve ser tranquilo, sem grandes movimentações, e a mastigação pausada, nutrindo o corpo de energias e calorias para seu correto funcionamento.

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