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Quatro militares reféns há 12 anos são mortos pela Farc

Renata Giraldi/Agência Brasil - 27 de novembro de 2011 - 09:40

Em meio a linhas, agulhas e máquinas de costura, internos do Estabelecimento Penal Jair Ferreira de Carvalho (EPJFC) – o Segurança Máxima da Capital – têm a missão de transformar pedaços de couros variados (incluindo os mais nobres como os de cobra e de jacaré), e materiais similares, em bolsas personalizadas, carteiras, porta-documentos, mochilas escolares, pastas para notebooks, sacolas térmicas, ecológicas, entre outros itens.

O trabalho, implantado há cerca de seis meses na unidade prisional, é uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a Ong Artabam, que oferece as máquinas, os materiais, capacita e remunera os internos, e fica responsável pela venda do que é confeccionado no presídio.

Os modelos variados incluem peças exclusivas, ao gosto do cliente. Conforme a presidente da Ong Artabam, Eronita Boeira, entre as bolsas mais pedidas estão as que são impressas fotografias das pessoas. “Algumas pedem também com material nobre, como o couro de jacaré e o de cobra, que acabam saindo mais em conta com a gente”, ressalta, lembrando que só utiliza material legalizado pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama). “O de cobra, por exemplo, é couro de cobra Píton vindo da Indonésia”, informa.

As peças que não são feitas sob encomenda são vendidas principalmente na sede da Ong na Capital. Os produtos também são comercializados por representantes em cidades do interior. “Produzimos também bolsas para a loja ‘Grande Presença’, que comercializa produtos infantis em um shopping de Porto Alegre [RS]”, comenta.

A produção atende ainda instituições e empresas de Campo Grande. Há pouco tempo, 100 sacolas ecológicas foram produzidas para a Caixa de Assistência dos Servidores do Estado de Mato Grosso do Sul (Cassems). “Estamos buscando parcerias com prefeituras para a fabricação de mochilas, ou mesmo com instituições, que geralmente encomendam pastas para computador. Estamos abertos a encomendas”, ressalta.

Segundo o diretor do presídio, João Bosco Correia, atualmente dez internos trabalham no setor, atuando desde o desenho e corte das peças à montagem e acabamento. Pelo trabalho, eles recebem remuneração e a cada três dias de serviços prestados, um é diminuído no total da pena a ser cumprida.

Para o diretor, o trabalho é muito importante para os reeducandos, no sentido de dar uma oportunidade de capacitação e perspectivas profissionais para quando deixarem a prisão. “Ainda contribui para a disciplina dentro do presídio, já que para trabalhar os internos têm que atender a alguns critérios, entre eles ter bom comportamento”, garante.

Serviço

A Ong Artabam está localizada na rua Cândido Mariano, 2373, na Capital. Os telefones para contato são: (67) 3044 – 1828 ou 8142-7869.

Keila Oliveira

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