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Quase metade dos servidores municipais afastados são da Saúde

Campo Grande News - 22 de fevereiro de 2015 - 12:38

Levantamento do IMPCG (Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande) aponta que 45,96% servidores efetivos afastados por problemas de saúde, até janeiro deste ano, são lotados na Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O setor tem 235 pessoas de atestado de um total de 547 em todos os órgãos. Para reduzir o índice, o Instituto fará um estudo para readaptar ou aposentar pessoas longe das atividades há mais tempo.

Atualmente, segundo a prefeitura, a Capital tem 16.508 concursados atuando nas repartições públicas. Isso significa que 3,31% estavam afastados até o último dia 31. Apesar de baixo, o número é visto com seriedade pela diretora do IMPCG, Lillian Maria Maksoud Gonçalves. “O atendimento ao público acaba prejudicado”, afirma.

Estudo mais aprofundado sobre a situação está sendo feito para descobrir qual problema ou doença motiva mais afastamentos na cidade. “Mas eu já posso adiantar que doenças osteoarticulares e psiquiátricas são os maiores motivos”, explica Lillian.

Por hora, apenas o ranking das pastas foi divulgado. A Semed (Secretaria Municipal de Educação) tem o segundo maior índice, concentrando 158 servidores longe das atividades, que corresponde a 29,07 do total.

Higina Maria Braga, 56 anos, é professora concursada e chegou a ficar de atestado por um ano e meio em função de problemas de estresse e depressão. “Engloba tudo. Vai desde assuntos familiares até do trabalho. Alguns alunos não estão com vontade de fazer as atividades, não querem estudar mais, não querem ir para a escola, querem ir embora mais cedo, mas têm que ter uma nota. E não pode simplesmente ir passando, ele tem que seguir adiante sabendo os conteúdos. Nós tínhamos que criar estratégias para que esse aluno conseguisse fazer alguma coisa para ele ter essa nota. Isso gera um desgaste muito grande”, relata.

Ficar em casa, longe do ambiente de trabalho, no entanto, não foi a solução para o problema. Hoje, ela voltou para a escola, mas está longe da sala de aula. Foi readaptada e trabalha na biblioteca. “É bem mais tranqüilo e dá para desenvolver um trabalho muito bom. Eu não quero mais ficar de licença. Para mim, licença significa doença”, diz.

Lillian diz que no mais tardar a partir de abril a situação de servidores com problemas semelhantes aos que Higina teve será analisada. “A readaptação tem que ser em atividade compatível, de preferência, dentro da mesma secretaria a qual o servidor é lotado”, explica.

Confira o número de servidores afastados

Sesau - 235 (42,96%)

Semed - 159 (29,07%)

Agesau - 97 (17,73%)

Segov - 19 (3,47%)

Agetran - 7 (1,28%)

SAS - 7 (1,28%)

Semad - 7 (1,28%)

Semadur - 6 (1,10%)

IMPCG - 3 (0,55%)

Funsat - 2 (0,37%)

Seplanfic - 2 (0,37%)

PGM - 1 (0,18%)

Sedesc - 1 (0,18%)

Semre - 1 (0,18%)

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