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Qualidade da água dos rios de MS é boa, aponta estudo

Maristela Brunetto / Campo Grande News - 05 de junho de 2004 - 14:39

Notícia positiva na comemoração do Dia Mundial do Meio Ambiente, 5 de junho: a qualidade da água dos rios de Mato Grosso do Sul é boa, com apenas alguns problemas localizados. Além da qualidade, há quantidade. É a situação ideal para se despertar a consciência para a preservação, afirma o coordenador de laboratórios do Imap (Instituto de Meio Ambiente/Pantanal), Luiz Mário Ferreira.
Segundo ele, é arriscado deixar para se preocupar quando surgirem problemas com a qualidade. Ele cita como exemplo a cidade de São Paulo, que precisa captar água a 200 quilômetros de distância para tratá-la e servir à população. “A responsabilidade e o compromisso são de todos”, disse.
Ferreira coordena o grupo que faz monitoramento permanente dos rios que compõem as duas principais bacias do Estado: a do Alto Paraguai (BAP) e a do Paraná. O levantamento mais recente, referente aos estudos feitos em 2002 naquela bacia, nem foi publicado. O Campo Grande News teve acesso aos dados.
Na Bacia do Alto Paraguai, que inclui rios desde o Taquari, na divisa com Goiás, até o outro extremo, na região de divisa com o Paraguai, em Antônio João, 44% das águas estão em ótimas condições; 14% boas; em 11% dos pontos de análise a qualidade é aceitável; 20% ruim e 11% péssimo.
Nestes trechos de avaliação com pior desempenho, segundo o pesquisador, a poluição foi provocada pela própria natureza, que com enchente trouxe vegetação para o leito. A decomposição prejudicou o oxigênio, fator de avaliação da qualidade. É o caso do rio Apa, em Bela Vista, e o Paraguai. Os 20% ruins foram identificados no Pantanal e em áreas urbanas.
Na BAP, a preocupação é com a bacia do rio Miranda. Ela inclui rios de áreas urbanas, como Aquidauana. Nela é constatada a poluição provocada por atividade industrial (destilarias, frigoríficos e laticínios) e irrigação. O esgoto doméstico é outro agravante.
Conforme Ferreira, a bacia do Paraná também merece atenção especial, pelo fato dos rios estarem em regiões com maior concentração urbana. No caso da BAP, são 188 mil quilômetros quadrados de área. Quando o monitoramento começou, em 1992, foram identificadas 343 atividades com potencial poluidor.
Já na Bacia do Paraná, em 1999, quando foi iniciado o estudo, foram encontradas 601 atividades com potencial poluidor em uma área de 45 mil quilômetros quadrados, na região do Ivinhema.

Sábado, 5 de junho, é Dia Mundial do Meio Ambiente

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