Os modelos de tênis podem parecer os mesmos, mas há muitas diferenças no que diz respeito à forma, ao modelo, ao peso e até mesmo aos fabricantes. Ao mesmo tempo, os tipos de pisada variam de pessoa para pessoa, necessitando de uma avaliação individual. Principalmente na hora da compra de um novo par, essa questão deve ser levada em consideração. Certos modelos beneficiam alguns tipos de pisada e é preciso ficar atento, já que os tênis têm um grande papel durante os treinos.

Quais são os tipos de pisada?
Muitas pessoas podem desconhecer esta informação, mas ela é relevante para analisar tanto o desempenho nas corridas quanto os equipamentos e acessórios usados. Existem diversos tipos específicos de pisada, porém eles são divididos em três categorias gerais: pronada, supinada e neutra.

Elas definem principalmente a forma como o pé entra em contato com o solo, o que gera efeitos visíveis no futuro. É o caso dos tênis, que apresentam um desgaste natural com o passar do tempo. Uma forma de diferenciar uma pisada com a outra é comparar a sola dos calçados mais antigos e ver as marcas causadas pelo uso constante.

Pronada
No caso da pisada pronada, o desgaste maior fica na parte de dentro da sola do tênis. Ou seja, o material dessa área fica mais desgastado do que as outras partes devido ao atrito. Isso se deve basicamente ao fato de que as pessoas que pisam dessa maneira encostam primeiro a parte de fora do calcanhar no solo, transferindo o peso para a parte de dentro do pé. O impulso, por exemplo, recai sobre o dedão. Assim, é gerada uma rotação excessiva do pé.

Supinada
Quando o desgaste está presente na parte de fora da palmilha, a pessoa tem a pisada supinada. Ou seja, geralmente as bordas do tênis são mais gastas e, quando comparadas com o centro, há uma nítida mudança no relevo da sola do calçado. O movimento feito pelas pessoas que tem a pisada supinada também começa na parte de fora do calcanhar, mas ao contrário da pronada, ele se mantém na banda externa do pé, gerando o impulso por meio do dedinho.

Neutra
O próprio nome já dá uma dica sobre este tipo de pisada. Ela consegue ser a mais equilibrada de todas e também proporciona o melhor direcionamento dos pés. Isso tem grande influência na hora de caminhar, além de diminuir o impacto em algumas partes do corpo.

O desgaste é mais uniforme e começa na parte externa do calcanhar, direcionando-se ligeiramente para o centro. O movimento geralmente gera impulso da parte central do pé. Isso é excelente por equilibrar as articulações e não gerar tantas dores em partes determinadas da planta dos pés.

Como descobrir?
Se você ainda estiver em dúvida em relação ao seu tipo exato de pisada mesmo depois de visualizar o jeito que caminha ou notar o formato das solas dos calçados utilizados, vale a pena fazer um pequeno teste. Em geral, a ajuda de outras pessoas é bem-vinda, pois elas podem indicar qual é o seu tipo de pisada por meio da observação.

Uma técnica simples é espalhar algumas folhas de jornal no chão, umedecer a planta do pé e, então, dar alguns passos sobre elas. O desenho formado pelas pegadas indica o tipo de pisada de cada pessoa.

A pisada pronada geralmente é mais larga, marcando a parte mais interna do pé na folha. No caso da supinada, a pegada será bem mais fina, só com as bordas marcadas e acentuadas. No caso da pisada normal é possível evidenciar o formato mais exato do pé, com o contorno da parte interna evidente e a parte da frente bem demarcada.

Qual é o tênis certo?
No caso de uma diferença muito acentuada na pisada, é preciso que haja algum tipo de correção, principalmente porque isso pode gerar dores em diversas partes do corpo e problemas maiores posteriormente. É sempre indicado evitar qualquer desconforto e optar pelo modelo que mais se adapta a todas as características do pé.

Para quem tem a pisada neutra, não há qualquer restrição na hora de escolher o tênis certo. No caso da pisada pronada, o ideal é escolher os mais leves que garantem o amortecimento na parte interna do calçado. Quem tem a pisada supinada deve optar por tênis que privilegiam o amortecimento nas bordas