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Qual o futuro do PMDB no MS?

Manoel Afonso - 02 de fevereiro de 2015 - 20:36

Manoel Afonso
Manoel Afonso

A pergunta enseja uma olhada no retrovisor. Vejamos:


O partido governou o Estado com Wilson Barboza Martins e André Puccinelli por duas vezes cada, além de Marcelo Miranda por um mandato. Além disso o partido sempre elegeu senadores e deputados federais, além de manter excelente representação no parlamento estadual.


No pleito de 2012 o PMDB elegeu 23 prefeitos, 16 vices e 146 vereadores, perdendo porém o comando da prefeitura de Campo Grande. Já nas eleições de 2014 o partido perdeu o governo, elegeu seis deputados estaduais, 2 deputados federais e a senadora Simone Tebet. O senador Moka cumpre mandato até 2018.


Em que pese o bom nível das administrações tanto na capital como no Estado, floresceu o sentimento natural de renovação facilitada também pela viabilidade eleitoral de novas siglas partidárias. Mesmo com a eleição do deputado Jr. Mochi para a presidência da Assembleia Legislativa, não se pode garantir que o partido se reabilitou completamente dos reveses citados.


Paralelamente a essa conquista, o partido tem rachaduras. O deputado Marcos Trad rebela-se contra o ex-governador Puccinelli, anunciando sua saída. Uma perda e tanto, pelo seu peso eleitoral e suas pretensões nas eleições de 2016 na capital.


A grande expectativa é sobre a postura de Puccinelli em relação a Marcos Trad e quanto a linha de defesa de sua administração para se contrapor a versão de Azambuja. André ficará restrito ao aspecto técnico de pontos controvertidos ou ampliará o leque da discussão? Essa é a grande dúvida.


É bom lembrar: os deputados do PMDB tem demonstrado fidelidade ao partido e à liderança do ex-governador André, mas tem, além de seus compromissos eleitorais, compromisso da governabilidade visando o progresso do Estado. Além do mais, esses deputados sabem da importância de eleger seus prefeitos e vereadores no pleito do próximo ano. Oposição pura e simples ao governo estadual seria desastrosa nas urnas em 2016. Eles sabem disso.


É bom que o PMDB faça uma profunda reflexão de seus equívocos e consequências havidas para definir que rumo tomar. O partido, como os demais, envelheceram junto com suas lideranças, sem contudo acordar para as mudanças que a sociedade exige.


A sorte está lançada. O tempo não para!

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