O Dr. Stephen Seiler, Vice-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade de Adger (Noruega), é um dos principais pesquisadores sobre o treinamento polarizado. Em 2009, publicou um estudo onde expôs que o treinamento polarizado é o único capaz de melhorar o rendimento sem ocasionar fadiga.

Cabe assinalar que o treinamento polarizado é unicamente aplicável a esportistas de alto rendimento que realizam treinamentos diários. Consiste em combinar treinamentos com intensidades fortes e suaves, reduzindo os treinamentos de intensidades moderadas. Neste contexto, o modelo propõe realizar 80% do treinamento em ritmo suave e 20% em ritmo elevado. Portanto, a premissa do modelo é treinar duro nos momentos de treino com intensidade elevada e treinar suave quando o treinamento é de baixa intensidade.

Neste sentido, as cargas intensas são as que geram uma melhora no rendimento e as cargas suaves reduzem o risco de fadiga. Caso contrário, se realizarmos treinamentos moderados, estes provocam um estado de fadiga que não permite tem um rendimento adequado nos dias intensos e, em consequência, não se experimentam melhoras nos resultados.

Do mesmo modo, os pesquisadores Stöggl e Sperlich, em um estudo publicado em 2014, comprovaram que o treinamento polarizado produz uma melhora no rendimento em relação ao treinamento com alto volume (HVT), ao treinamento entre limiares (THR) e ao treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT).

Em definitiva, nos últimos anos vem se demonstrando que os esportistas de elite quando mais treinam, mais importância têm as sessões de baixa intensidade, e que o treinamento moderado deve limitar-se ao mínimo.