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Quais são os principais sintomas da coqueluche?

BabyCenter Brasil - 22 de junho de 2016 - 09:00

Os primeiros sintomas começam a ocorrer após um período de incubação de entre sete e 12 dias.

A coqueluche normalmente começa com sintomas parecidos aos de uma gripe ou resfriado, como espirros, nariz escorrendo e uma tosse moderada, que pode durar até duas semanas antes de os acessos mais sérios de tosse acontecerem. Algumas crianças podem apresentar ainda febre, mas não necessariamente.

Em uma segunda fase da doença, geralmente aparece aquele barulho característico da coqueluche entre os acessos de tosse, e pode haver também vômitos, sangramentos, convulsões e até pneumonia. Esse período pode se estender por mais de um mês.

É comum que uma criança com coqueluche tussa por 20 ou 30 segundos sem parar e depois tenha dificuldade para respirar antes de uma nova crise de tosse atacar. Durante estes episódios de tosse, mais comuns durante a noite, os lábios e as unhas podem ficar azulados devido à falta de oxigênio. Um catarro bem grosso pode aparecer também junto com a tosse.

Tenha paciência, porque esta é uma doença que pode se prolongar bastante! Uma vez que os sintomas melhorem, a recuperação completa pode levar até outro mês inteiro.

Cuidados especiais com os bebês
Para bebês com menos de um ano de idade, a coqueluche pode ser especialmente perigosa, já que eles são mais suscetíveis a complicações como pneumonia, convulsões e danos cerebrais. Se você desconfiar que seu filho pequeno possa estar com coqueluche, não deixe de levá-lo ao médico ou a um hospital rapidamente.

É muito importante observar bem os bebês com coqueluche para o caso de não conseguirem respirar direito. Se isso acontecer com o seu filho ou se ele tiver vômitos contínuos, convulsões ou sinais de desidratação, corra para o pronto-socorro mais próximo.

Como vou saber se a tosse do meu filho é ou não coqueluche?
Existe um exame de laboratório para diagnosticar a bactéria Bordetella pertussis, que causa a coqueluche. O exame é feito colhendo-se um pouco de secreção do nariz e da garganta numa espécie de cotonete.

Mas, como o som da tosse da coqueluche é muito diferente do da tosse normal (com uma espécie de apito ou assobio entre as tosses), os médicos muitas vezes conseguem fazer o diagnóstico só pelo exame clínico da criança. Mas só o médico saberá dizer se se trata de coqueluche ou não. Exames de sangue também podem colaborar com o diagnóstico.

Como é o contágio da coqueluche?
Em primeiro lugar é bom saber: coqueluche é uma doença altamente contagiosa. Seu filho pode ter contraído através do contato direto com alguém infectado pela bactéria ou por ter simplesmente respirado ar infectado pelos germes. A bactéria geralmente entra no corpo pelo nariz ou pela boca.

O contágio ocorre por gotículas respiratórias disseminadas no ambiente por tosse ou espirros de pessoas que muitas vezes ainda estão no estágio inicial da doença e nem apresentam o quadro da tosse típica.

Aqui no Brasil, as crianças são imunizadas contra a coqueluche ao tomar as cinco doses da vacina DTP Hib, que combate ainda tétano, difteria e infecções provocadas pela bactéria Haemophilus influenzae tipo b, a partir dos 2 meses até cerca de 6 anos. Esta vacina, conhecida como tetravalente, é parte do calendário oficial de imunizações, portanto é gratuita nos postos de saúde do governo.

Mas a grávida pode começar a proteger o bebê da coqueluche já na gravidez, com a vacina dTpa, que é parte do pré-natal e é fornecida gratuitamente pelo SUS. Recomenda-se que a mãe tome a vacina entre a 27a. e a 36a. semana, para passar anticorpos para o bebê.

Conforme a criança cresce e vai tomando mais doses da vcina, a proteção contra a coqueluche vai aumentando. No entanto, ao atingir a idade adulta, as pessoas tendem a perder a imunidade contra a doença. No Brasil, o reforço da vacina contra coqueluche está disponível gratuitamente para grávidas e profissionais de saúde.

A vacina contra coqueluche pode ser tomada na rede privada, na tríplice acelular do adulto, a partir dos 12 anos.

Diante da vulnerabilidade dos bebês e do risco de complicações se contraírem coqueluche, o ideal é mantê-los distantes de qualquer pessoa com tosse.

Como se trata a coqueluche?
Os antibióticos ajudam a aliviar os sintomas da coqueluche se forem dados logo no começo da doença. Se forem administrados com um quadro mais evoluído, não necessariamente ajudarão a encurtá-la, mas, pelo menos, eliminarão a bactérias das secreções, impedindo que a doença se espalhe para outras pessoas.

Infelizmente, não há muito mais o que fazer para combater a coqueluche, que costuma durar bastante: de seis a 10 semanas.

Não dê xarope para o seu filho, a menos que por recomendação médica, já que a tosse é a forma que o corpo tem de limpar todo o catarro que se acumula nos pulmões. Ao bloquear esta reação natural do organismo, você pode comprometer a melhora da criança. Lembre-se que só um pediatra pode avaliar efeitos adversos potencialmente perigosos de medicamentos, especialmente em bebês com menos de seis meses.

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