Uma quadrilha assaltou o Bradesco e Banco do Brasil em Paranatinga (410 km de Cuiabá e a 420 de Sinop), na manhã de hoje. Um agente da delegacia municipal confirmou que os bandidos chegaram atirando, colocaram clientes na frente das agências, fazendo uma espécie de "parede humana" e levaram dinheiro. As duas agências ficam na rua São Francisco, centro da cidade. "Eles atacaram os dois bancos ao mesmo tempo. Colocaram os clientes pro lado de fora, ficaram fazendo disparos para o alto com objetivo de intimidar reféns e a polícia. Não temos informações de feridos. Os bandidos fugiram pela MT-242 sentido Sorriso", explicou, ao Só Notícias, o capitão PM Gibson Almeida Costa Junior. Ele acredita que o bando tenha cerca de 15 integrantes, armados com fuzis e pistolas. Fugiram em uma caminhonete modelo S-10 e um Fiat Strada.

A ação deles durou menos de 15 minutos. Cerca de 20 investigadores e policiais militares estão perseguindo os assaltantes. Foi solicitado apoio do Grupamento Aéreo da PM.

O delegado regional de Sinop, Douglas Turibio, mandou equipes para a MT-242 (que liga Paranatinga a Nova Ubiratã, Feliz Natal e Sorriso) para reforçar as buscas. "Eles podem tentar fugir por esta rodovia. Estamos destacando equipes para ficar em pontos estratégicos", confirmou, ao Só Notícias.

Este ano, bandidos também assaltaram um banco em Tabaporã (200 km de Sinop) e usaram clientes como escudos. Ano passado, em Nova Mutum, a ação foi semelhante, colocando clientes na frente da agência para evitar que a polícia atirasse.

Agora

Até agora, ninguém foi pego. Só a caminhonete S-10 preta, sem placas, foi apreendida. Estava abandonada, a cerca de 60 km de Paranatinga, na BR-242 que dá acesso a Nova Ubiratã e Sorriso. Os ladrões atearam fogo, mas só a parte interna foi destruída. O outro carro usado na fuga é um Fiat Strada. É muito provável que outro veículo tenha sido deixado em um ponto estratégico e usado pela quadrilha para sair da região. Um helicóptero da PM ajudou nas buscas, mas ninguém foi localizado.

Não houve clientes feridos. Nem os 3 reféns que foram levados, na fuga, e deixados na rodovia. Quando os assaltantes entraram nas agências, logo colocaram as pessoas do lado de fora, em filas, fazendo uma barreira humana para evitar que a polícia atirasse.