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Puccinelli planeja cortes para obter superávit em abril
O governador eleito André Puccinelli (PMDB) disse hoje que ainda não sabe qual será a extensão e onde ocorrerão os cortes no custeio da máquina que pretende fazer a partir de janeiro. Puccinelli tem afirmado que o Estado vem trabalhando com um déficit operacional de R$ 1 milhão por dia. O arrocho no gasto público tem como objetivo tornar a contabilidade do Estado superavitária ainda no primeiro semestre.
Ele voltou a afirmar que uma das prioridades da reforma administrativa que deverá estar formatada até 25 de novembro será a redução do número de cargos comissionados (cujos ocupantes não passam por concurso público), mas também afirmou que ainda não existe um parâmetro do quanto deverá ser cortado. O governador Zeca do PT se comprometeu a enviar para a Assembléia Legislativa ainda este ano o projeto da reforma proposta pelo novo governo.
Ainda não temos isso [os cortes] definido porque ainda estamos recebendo informações do governo e analisando onde é possível cortar e onde não. O nosso objetivo é cortar o máximo possível sem comprometer a qualidade do serviço público, disse o governador ao deixar o prédio onde está trabalhando a equipe de transição no final da manhã de hoje.
Puccinelli afirmou que o desafio no campo das contas públicas é combinar os cortes de custos já no início do mandato para fazê-los pelo menos empatar até abril quando o início da negociação da safra agrícola começa a engordar a arrecadação de ICMS (principal tributo estadual).
Se a estratégia funcionar, disse, haverá superávit nos meses em que a arrecadação costuma subir abril, maio e junho, no primeiro semestre, e outubro, novembro e dezembro.
Contando com apoio da opinião pública e da Assembléia no início do mandato, o futuro governador espera concentrar nos primeiros meses de gestão as medidas amargas para, se conseguir o superávit no final do primeiro semestre, fazer caixa para tocar investimentos em especial aqueles através de emendas ao Orçamento Geral da União.