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Puccinelli mantém proposta e diz que pressão não resolve
Em reunião com representantes da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros, nesta terça-feira (24), o governador André Puccinelli manteve o reajuste salarial de 10,23% para soldados, 6% para cabos e patentes superiores da Polícia Militar e 9,15% para policiais civis.
A minha posição é essa, comigo não funciona pressão, disse o governador, se referindo à adoção pelos policiais da tolerância zero, em que casos que antes eram resolvidos no local são encaminhados para a delegacia.
Diante do resultado da reunião, o presidente da ACS (Associação dos Cabos e Soldados) de Mato Grosso do Sul, Edmar Soares da Silva, disse que irá convocar uma assembleia com os policiais amanhã para definirem qual será o próximo passo.
O Estado sempre tratou melhor quem comanda do que quem executa. Para os praças não teve solução, foi um reajusto imposto pelo governador, afirma Edmar. Com ar de revolta, o presidente ainda diz, ao final da reunião, sobre o descaso com a categoria. É inadmissível que quem defenda a vida de outras pessoas seja tão desvalorizado, lamenta.
Sobre o \"tolerância zero\", Edmar disse que os militares apenas deixaram de resolver alguns casos na rua, o que era prática anteriormente, e agora encaminham direto às delegacias. Porém, o presidente diz que toda e qualquer decisão será tomada somente amanhã, na assembleia.
Segundo o presidente do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis) de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa da Silva, o tolerância zero não é nada mais do que nossa obrigação. Vamos manter, afirma.
De acordo com o comandante da PM, coronel Carlos Alberto David, a diferença do reajuste é por conta de um congelamento feito no salário dos soldados no ano passado, a pedidos dos próprios praças, em troca de uma bolsa que eles receberam do Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública).