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PT pretende mudar partes do relatório da CPI dos Correio

Agência Brasil - 03 de abril de 2006 - 15:19

O PT quer mudar partes do relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios. A informação é da líder do PT no Senado, Ideli Salvatti (SC). Ela disse que não concorda com alguns dos mais mais de 100 indiciamentos propostos pelo relator, deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR).

Segundo a senadora, em alguns pontos, o relator não apresentou provas contundentes para pedir o indiciamento. "Pedido de indiciamento, só se tiver prova inequívoca", afirmou Ideli. Para ela, se não houver provas, a investigação deverá ser encaminhada ao Ministério Público.

De acordo com a senadora, outro ponto de desentendimento é a conceituação dada pelo relator ao chamado "mensalão". "Houve repasse ilegal, mas não há provas que houve compra de parlamentares para votar com o governo", disse ela. No documento final, o relator reafirma a existência de um esquema de compra de votos no Congresso em troca de apoio ao governo e para "seduzir" o político a trocar de partido.

Serraglio discorda de que "mensalão" seja o mesmo que caixa 2. Para o deputado, faltam provas de que o dinheiro repassado pelo empresário Marcos Valério de Souza fazia parte de um esquema ilegal para financiar campanhas eleitorais – tese apresentada pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares.

Ideli Salvatti questionou também a ausência do banqueiro Daniel Dantas do relatório. Ela também disse que o esquema de Marcos Valério é mais antigo do que diz o relatório, e que teria começado em 1998 na campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG), ao governo de Minas Gerais.

A senadora explicou que o PT pretende apresentar votos em separado ao relatório, que será colocado em votação amanhã (4). O voto em separado é um instrumento regimental que permite a alteração parcial ou total do texto.

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