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PT divulga nota questionando denúncia do MPF

Luciana Vasconcelos/ABr - 14 de abril de 2006 - 08:11

O PT divulgou uma nota ontem (13), assinada pelo presidente Ricardo Berzoini, na qual afirma que a denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo procurador-geral da República, Antônio Fernando Souza, "extrapola" os fatos investigados e "repete" a tese construída pelo ex-deputado Roberto Jefferson sobre a existência de um sistema de corrupção e aliciamento de deputados. "O PT reitera que não existem elementos suficientes para comprovar as denúncias conforme arroladas pelo procurador-geral", diz o texto.

O texto critica a forma como vários meios de comunicação divulgaram a denúncia. Segundo o comunicado, foi uma tentativa de "imputar as eventuais ilegalidades cometidas por membros ou dirigentes do PT à instituição partidária, o que não poderia ocorrer, salvo se tivessem sido decididas pelas instâncias do PT".

De acordo com a nota, todos os 860 mil filiados do partido defendem a mais ampla apuração dos fatos denunciados e esperam que a cobertura jornalística da apuração não se transforme em "instrumento de campanha eleitoral dissimulada".

O texto diz, ainda, que a denúncia de Fernando Souza demonstra que as instituições estão funcionando e que o governo não "engaveta" acusações contra integrantes de sua equipe. "A atuação do procurador, ainda que discordemos do tom empregado na denúncia e da caracterização de alguns dos fatos denunciados, demonstra o pleno funcionamento das instituições democráticas. Expressa, ainda, que neste governo não há espaço para o engavetamento de denúncias contra integrantes ou ex-integrantes da equipe governamental".

Na última terça-feira (11), o Ministério Público informou ter apresentado a denúncia ao STF contra 40 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema chamado de "mensalão". Na denúncia, o procurador conclui que as investigações confirmam a existência de um complexo esquema para "negociar apoio político, pagar dívidas pretéritas do Partido [dos Trabalhadores] e também custear gastos de campanha e outras despesas do PT e dos seus aliados".

O documento também aponta haver provas de que "uma sofisticada organização criminosa (...) se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, e outras formas de fraude".

Segundo o procurador, o "embrião" do esquema foram as irregularidades no financiamento da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB) quando era candidato à reeleição do governo de Minas Gerais, em 1998.

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