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PT decide hoje posição sobre o caso Waldomiro

Antônio Arrais e Ellis Regina/ABr - 16 de fevereiro de 2004 - 08:32

A bancada do PT no Senado Federal reúne-se nesta segunda-feira para definir sua posição sobre o requerimento da oposição de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a denúncia de corrupção contra o ex-subchefe de Assuntos Parlamentares do Ministério da Articulação Política, Waldomiro Diniz.

A reunião servirá para o PT fechar questão sobre o assunto. Alguns senadores do partido, como o ex-líder Tião Viana (AC) e Eduardo Suplicy (SP), são favoráveis à instalação da CPI. Outros, a exemplo da atual líder, Ideli Salvatti (SC), são cautelosos quanto à proposta. Um terceiro grupo, liderado pelo deputado Professor Luizinho (SP), é totalmente contrário.

Na sexta-feira, Ideli Salvatti disse que somente tomaria uma posição sobre apoiar ou não uma CPI após ouvir toda a bancada no Senado e consultar seus companheiros na Câmara.

A indecisão sobre o apoio ou não a uma CPI também atinge outro partido da base aliada do governo, o PMDB. O líder no Senado, Renan Calheiros (AL), pediu cautela aos seus liderados para esperar uma reunião da bancada esta semana, antes de assinar o requerimento de instalação da comissão. O senador Mão Santa (PMDB-PI), no entanto, foi um dos primeiros a assinar o requerimento da CPI apresentado pelo senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT).

Paes de Barros, que atualmente preside a CPI mista que investiga irregularidades ocorridas no Banestado, espera conseguir as 27 assinaturas mínimas para a instalação da comissão até quarta-feira.

Até agora, segundo suas próprias informações, ele só conseguiu cinco assinaturas. Além da instalação da CPI, o senador quer o afastamento temporário do cargo do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, até que sejam concluídas as investigações da CPI e da Polícia Federal.

Waldomiro Diniz ocupava a subchefia parlamentar do Ministério da Articulação Política e foi exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva após denúncia publicada pela revista Época. Segundo a reportagem, Diniz negociou dinheiro para campanhas eleitorais - além de pedir propina para si mesmo - com o bicheiro Carlos Augusto Ramos. A revista troxe a transcrição de um vídeo no qual o ex-assessor aparece acertando o esquema de suborno com o bicheiro, em 2002. Na ocasião, Diniz presidia a Loteria do Estado do Rio de Janeiro (Loterj).

Por determinação do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, a Polícia Federal abriu inquérito, que correrá no Rio. As investigações serão comandadas pelo delegado Antônio César Fernandes Nunes, que atua na Superintendência da PF naquele Estado.

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