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PSDB e PSB fecham posição contra Renan,PT e PMDB liberam

Marcos Chagas, Roberta Lopes e Priscilla Mazenotti /ABr - 11 de setembro de 2007 - 18:52

Brasília - O PSDB e o PSB decidiram votar pela cassação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Já o PT e o PMDB liberaram a bancada para votar de acordo com a opinião pessoal de cada parlamentar. O DEM marcou encontro ainda hoje (11) sobre o caso, mas, como partido de oposição, também deve decidir por uma orientação da bancada para votar pela cassação.

Para aprovar a cassação ou a absolvição são necessários a maioria simples dos 81 senadores, ou seja, 41. PSDB e DEM respondem por 30 votos. PMDB, o partido de Renan, tem 19 senadores. O PT responde por 12 parlamentares, e os outros partidos têm 20 cadeiras.

De acordo com o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), "os senadores darão à votação os 12 votos solicitados pela cassação do mandato e, portanto pela consagração do relatório assinado pelos senadores [Renato] Casagrande (PSB-ES) e pela nossa companheira Marisa Serrano (PSDB-MS)". Um senador, João Tenório (AL), ficou liberado para votar como quiser pelas relações pessoais com Renan.

A líder do PT no Senado, Ideli Salvati (SC), disse que, apesar de liberar a bancada para votar "livre, leve e solta" a proposta de cassação do mandato do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), teme que o processo tenha "risco de vício, de contaminação pelos interesses que possam estar em jogo". Segundo ela, não houve nenhum tipo de orientação. "Não houve orientação em nenhum sentido", garantiu.

A bancada do PMDB está dividida. O líder do partido, senador Valdir Raupp (RO), admite que até seis senadores peemedebistas podem votar pela cassação. Segundo ele, a bancada também não fechou uma decisão comum, o que torna uma questão de “consciência” e não “partidária”.

Indagado sobre a possibilidade de fechar questão sobre o tema, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos autores do relatório que absolvia Renan no Conselho de Ética, afirmou que a proposta não está incluído em nenhum programa partidário. “Acho que está em programa partidário a tese de que devemos ter uma administração limpa e não corrupta. E isso nós temos propugnando. Portanto, é uma questão de avaliação."

Já o PSB, partido do senador Renato Casagrande (ES), que produziu o relatório a favor da cassação no Conselho de Ética, os três integrantes da legenda (Antônio Carlos Valadares (SE), Patrícia Sabóia (CE), e ele) vão votar "fechados" pela cassação. “Vão votar com o meu relatório”, disse. Mais cedo, comentou que nenhum partido pode ser considerado "fiel da balança", porque "há muita divisão no Senado". Estou sentindo um ambiente de preocupação na votação amanhã. Porque quem vai ser julgado não é o senador, é o Senado.”

Renan Calheiros enfrenta um processo por quebra de decoro parlamentar após uma representação do P-SOL, baseada em uma reportagem da revista Veja. O texto diz que o senador tinha contas pessoais pagas por um funcionário da construtora Mendes Júnior. Entre elas, uma pensão para a jornalista Mônica Velloso.

Uma perícia da Polícia Federal mostrou que os documentos apresentados por Renan Calheiros, “isoladamente”, não comprovam que ele tinha recursos suficientes para fazer os pagamentos. O Conselho de Ética e a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovaram um relatório com uma lista de oito argumentos contra Renan. Por isso, foi encaminhado ao plenário do Senado.


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