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Próxima safra de MS pode consumir R$ 1,2 bilhão

Fernanda Mathias - Campo Grande News - 04 de julho de 2008 - 13:47

É de 30% a previsão inicial de aumento de recursos destinados ao custeio da safra 2008/09 de Mato Grosso do Sul em relação a esta. O índice reflete três fatores: o encarecimento dos insumos, o aumento dos recursos controlados e dos limites de financiamento anunciados pelo governo federal, explica o gerente de Agronegócios da superintendência estadual do Banco Brasil, Loureno Budke.

Na safra atual os recursos totais para agricultura e pecuária – somando custeio, investimento e comercialização – devem fechar na casa dos R$ 950 milhões, o que significa que na próxima safra o montante pode passar de r$ 1,2 bilhão.

O cenário é otimista, devido ao crescimento da economia do Estado. Segundo dados do Banco do Brasil de junho de 2006 a maio de 2006 foram liberados R$ 203 milhões do FCO (Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste) em Mato Grosso do Sul, passando a R$ 448 milhões de junho de 2007 a maio deste ano, um salto de 120%.

Budke afirma que a superintendência já determinou que as agências façam um levantamento de demanda e até o dia 15 terá uma estimativa fechada sobre a demanda de crédito para a próxima safra.

Ainda é esperada a publicação das medidas para que os recursos comecem a ser liberados. A previsão é que este ano as liberações tenham início mais cedo do que no ano passado, quando as operações tiveram início no fim de julho.

Menos dívida – Loureno Budke afirma que momento é promissor e o produtor rural está menos endividado. “Eles estão pagando as parcelas das dívidas que foram prorrogadas nos anos anteriores”, explica. Além disso, acrescenta, muitos estão com os limites de crédito atualizados junto das agências, o que agiliza o processo.

Para o gerente, o tomador também está mais consciente de que a prorrogação é um “remédio amargo” e que deve ser adotado em último caso. Isso porque agrava o risco do cliente e faz com que o banco retraia a oferta de crédito.

Limite maior – Além da capacidade de endividamento do produtor estar maior, o governo também aumentou o limite de financiamento para a agricultura e pecuária. No caso da pecuária, por exemplo, passa de R$ 150 mil a R$ 200 mil por tomador.

No da agricultura, o teto para a produção de milho de R$ 450 mil passou a R$ 550 mil; de soja de R$ 300 mil a R$ 500 mil. Isso tudo combinado com a manutenção da taxa de juros a 6,75% ao ano e aumento de 20% nos recursos com juro controlado. A fonte não se trata de recursos novos, mas essencialmente dos provenientes dos depósitos à vista, que aumentaram com o aquecimento da economia.

Além do aumento do volume de recursos, o encarecimento dos insumos deve levar o produtor a tomar mais empréstimos, diz Loureno Budke. Para ele, esse é o principal fator que levou à disparada dos preços dos alimentos ao consumidor e que deve ser acompanhado com atenção pelo governo.

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