O Programa Universidade para Todos (ProUni) irá oferecer mais de 80 mil bolsas de estudo para alunos de baixa renda, já no próximo semestre. O anúncio foi feito hoje, 4, pelo ministro da Educação, Tarso Genro, em entrevista coletiva na sede do Ministério da Educação, em Brasília. “Nossa meta inicial, de 65 mil a 75 mil bolsas, será superada”, disse o ministro. Os números ainda não são definitivos, pois o prazo de adesão foi ampliado, a pedido de diversas instituições, para o próximo dia 8, segunda-feira, até as 12 horas.


Após a adesão pelas instituições, o MEC ainda analisa se aprova ou não o processo, considerando a qualidade dos cursos oferecidos.


Tarso Genro comentou que a decisão de tornar públicos os números foi do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que, informado da grande participação das instituições privadas de educação superior, considerou importante que a sociedade, sobretudo os jovens que poderão se beneficiar do programa fossem informados.


O MEC apresentou um relatório parcial com o número de instituições que já aderiram ao ProUni e o número de bolsas integrais e parciais (de 50%) concedidas por unidade da Federação. A lista das instituições, no entanto, só será publicada após o encerramento das adesões.


“O projeto começou bem”, afirmou o ministro, que destacou que das 81.791 bolsas já oferecidas, quase 50 mil são integrais. “Vamos oferecer condições para que milhares de jovens que não conseguiam freqüentar uma universidade possam, agora, fazer um curso superior”. Os estudantes beneficiados, destacou o ministro, são aqueles de famílias de baixa e baixíssima renda.


O número se equipara ao de vagas oferecidas neste ano pelo Fies, o programa de financiamento universitário que prevê pagamento após a formatura, mas é mais barato – cada vaga do ProUni custa ao governo federal o equivalente a 25% do Fies. “O ProUni é mais vantajoso para o estudante, pois pode conceder bolsa integral e ele não terá que pagar depois. Essas vagas são públicas”, afirmou Tarso.


O ProUni é um programa de democratização do acesso à educação superior que concede bolsas integrais a estudantes cuja renda familiar per capita não ultrapasse um salário mínimo e meio, e parciais, de 50%, àqueles cuja renda familiar per capita seja de até três salários mínimos. A seleção será feita pelo MEC, com base no resultado obtido pelo aluno no último Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Para poder participar da seleção, além de estar na faixa de renda apontada, o aluno deverá ter feito todo o ensino médio em escola pública ou ter sido bolsista integral em escola particular.


Repórter: Elaina Daher