Economizar e fazer uso racional de água e energia, é a idéia do convênio assinado hoje, em Brasília, entre os ministérios das Minas e Energia e das Cidades. O protocolo prevê a cooperação técnica para desenvolvimento de ações voltadas ao uso eficiente da energia elétrica e a conservação de água em empresas de saneamento no país.

O convênio visa atingir as empresas de saneamento porque elas representam 2,3% do consumo de energia elétrica do país. Cinqüenta e sete empresas inscreveram suas propostas para a economia de energia, mas apenas 11 foram selecionadas. O presidente da Companhia Municipal de Saneamento de Novo Hamburgo, Silvio Klein, disse que seu projeto prevê 100% de automação energética. Ele ressaltou que isso representa economia e que “para cada um real investido em cinco anos o retorno é de oito reais de economia para investir em saneamento”.

Os projetos demonstrativos foram selecionados por meio de chamada pública, entre dezembro de 2003 e maio deste ano, e avaliados por representantes dos ministérios das Minas e Energia, Cidades, Meio Ambiente, da Eletrobrás, do Centro de Pesquisa de Energia Elétrica (CEPEL), da Caixa Econômica Federal e do BNDES.

O diretor de projetos da Eletrobrás, Aluísio Vasconcelos, disse que o resultado dessa parceria vai ser “extremamente benéfico para a sociedade em geral”. Aluísio Vasconcelos disse ainda que esse é apenas o primeiro passo e que em breve campanhas de conscientização do uso da energia e da água devem chegar à população em geral.

A representante do ministro das Cidades, Olívio Dutra, a secretária-executiva Ermínia Maricato, comentou que o projeto “é visto com muita satisfação pelo ministério”, que já tem um projeto contra o desperdício de água. Ela disse também que o ministério das Minas e Energia vai colocar sete milhões de reais em recursos para custear os projetos das empresas de saneamento selecionadas.

A ministra Dilma Roussef não esteve presente a cerimônia, mas também enviou um representante, o secretário-executivo Maurício Tolmasquim, que por problemas na voz não quis gravar entrevista. A Diretora de Eficiência Energética do ministério de Minas e Energia, Marina Godoy, disse que o novo modelo “visa dar maior sustentabilidade e legitimidade aos processos que já estão em andamento”. Para ela, a cerimônia de hoje representa um “passo fundamental para a consolidação do uso racional dos recursos e da definição dos programas nacionais de infra-estrutura”.

No âmbito do ministério das Cidades, as ações previstas no protocolo de cooperação técnica serão realizadas pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, por meio do Programa Nacional de Combate ao Desperdício de Água e do Programa Nacional de Modernização do Setor de Saneamento.