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Protesto contra aumento da gasolina levou 40 manifestantes a Afonso Pena

Correio do Estado - 17 de fevereiro de 2020 - 11:30

Ato contra o aumento da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, que passou de 25% para 30% esta semana, levou cerca de 40 manifestantes a avenida Afonso Pena, em frente ao Ministério Público Federal (MPF).

Na terça-feira (12) as mudanças na incidência do imposto sobre o combustível entrou em vigor. Essas medidas já estavam aprovadas desde novembro do ano passado. Apesar do aumento da gasolina, o etanol teve queda na alíquota de 25% para 20%.

Segundo o porta-voz do MBL em Mato Grosso do Sul, Lucas dos Santos, 21 anos, apesar das poucas pessoas, o evento reuniu ainda mais que o esperado. “A ideia inicial era somente ficar com alguns cartazes enquanto os carros parassem no sinal, ia ser um ato e não uma manifestação, mas acabou crescendo um pouco”.

O grupo agora quer apoio dos deputados estaduais para um projeto de lei que reveja o aumento do imposto. “A nossa primeira ideia é pedir que o governo retorne para os 25% e a gente tem que trabalhar para que o Estado diminua os seus custos, diminua o imposto da gasolina assim como está o álcool. Vamos iniciar uma ofensiva do bem em cima dos nossos deputados para que eles possam fazer um projeto de lei para que diminua o ICMS ou até mesmo medidas judiciais, ainda estamos estudando”, declarou.

De acordo com Santos, na sexta-feira (21) o grupo planeja um segundo evento, que dessa vez seria uma carreata, para tratar novamente sobre o assunto. Ainda não há horário definido desta manifestação.

Para a aposentada Delmira Mathias, 63 anos, que foi uma das pessoas que participou da manifestação, o aumento vai na contramão das posições do governo federal. “Acho muito importante se manifestar contra o aumento do ICMS, que já era alto. Qual o motivo o governo tem para esse aumento? Ele está indo na contramão do Governo Federal?”, indagou.

Já o analista de sistemas Maurício Corrêa, 49 anos, avalia que para equilibrar as contas o que deveria ser feito é um corte nas despesas do próprio governo, para evitar o aumento de impostos. “Toda manifestação para barrar imposto eu apoio”, disse. “Estou até pensando em comprar um carro elétrico”, completou.

O protesto, conforme o MBL, também era contra o possível reajuste do transporte coletivo, por conta da judicialização do Consórcio Guaicurus que pede aumento retroativo. Com isso a passagem de ônibus pode chegar a custar R$ 4,29.

DESAFIO

Na semana passada o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) “desafiou” os governadores a zerarem o ICMS sobre os combustíveis. Ele disse que zeraria os impostos federais caso os estados aceitassem.

Em reunião na última terça-feira, em Brasília (DF), os governadores cobraram celeridade na reforma Tributária e compensação por parte da União para, assim, reduzirem os impostos estaduais sobre combustíveis.

O governador de Mato Grosso do Sul Reinaldo Azambuja (PSDB), participou do encontro e defendeu que o governo federal faça compensações para que os estados desonerem os produtos, sem perder receita.

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