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Proposta sobre regência é aceita por professores
Os representantes dos sindicatos municipais de professores aprovaram esta manhã, em assembléia na Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), a proposta do governo estadual de pagar o reajuste da regência a partir do mês de maio. Ela deveria subir de 80 para 100% do vencimento em fevereiro, mas isso não ocorreu e inicialmente o governo sinalizou com a regularização em agosto. Foram 59 votos a favor do acordo e sete contra.
A decisão referente a agosto motivou a definição de protesto, que ocorreria hoje, mas foi cancelado com o recuo do governo. Pela proposta atual, a regência passa a ser paga normalmente sobre o vencimento de abril e o atrasado será liberado nos meses de outubro e novembro.
Rejeitaram acordo com o governo os representantes de Mundo Novo, Aparecida do Taboado, Naviraí, Ribas do Rio Pardo, Porto Murtinho, Aquidauana e Ponta Porã. O grupo falou em nome de dois mil professores. Entre as alegações estão a de que a regência é prevista em lei. Ela foi aprovada em 2004, como forma de complementar o vencimento de professores.
Começou correspondendo a 60% do salário, subindo para 80% em fevereiro de 2005 e deveria ocorrer elevação a 100% no salário de fevereiro deste ano. Com a correção, os salários subiriram em até R$ 100, um acréscimo de R$ 2 milhões na folha.
Na assembléia, foi informado que a Fetems colocará três técnicos para monitorar as contas do governo, que adotou o corte dentro de um pacote de medidas para enxugar o custeio. Para este mês, os cortes devem representar R$ 14 milhões, segundo disse ontem o governador André Puccinelli. Ele mandou os representantes de cada pasta manterem em 20% a redução nas despesas.
A ex-presidente da entidade, Mara Carrara, que integra a atual direção e é vice-presidente do sindicato de Três Lagoas, disse que o grande mérito da discussão foi deixar aberto um canal de negociação com o governo.