Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Sexta, 19 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Projetos educacionais funcionam no tratamento da diabete

Agência Notisa - 25 de outubro de 2005 - 15:40

A diabete melito constitui um grave problema de saúde pública em todo o mundo, em função do número de pessoas que apresentam a doença e da implicação sócioeconômica. No Brasil, estima-se que a prevalência da diabetes seja 7,6% e que haja cinco milhões de pessoas diabéticas, das quais 90% são do tipo 2. Para controlar a doença, é necessária uma educação continuada do paciente que permite que ele se adapte às mudanças e às possíveis complicações que possam se manifestar. Isso é o que mostram pesquisadores da Universidade do Vale do Rio dos Sinos em um estudo realizado com 189 pacientes diabéticos assistidos no serviço de extensão da universidade.

Os pacientes foram divididos em dois grupos: aqueles que participaram do programa educacional durante cinco anos, seguindo todas as orientações, e aqueles que participaram durante dois anos e não seguiram as orientações. De acordo com artigo publicado na edição de setembro/outubro de 2005 da revista Cadernos de Saúde Pública, todos os pacientes foram avaliados quanto aos índices de glicemia, peso, altura, índices de massa corporal (IMC), pressão arterial e tiveram os pés examinados.

Os pesquisadores observaram que o grupo que fez o acompanhamento durante cinco anos apresentou ao final do programa de educação taxas menores em todas as variáveis do estudo. O grupo que não aderiu corretamente às orientações apresentou uma diminuição somente nos índices de glicemia e na pressão arterial. “Isso mostra que programas de educação em saúde podem causar impacto favorável nos indicadores tradicionais de monitoramento de pacientes, como glicemia, peso, IMC e pressão arterial, que diminuíram até níveis normais ou ficaram mais próximos dos parâmetros de normalidade”, afirmam.

A equipe constatou também que, ao término do programa, 40% dos homens e 55% das mulheres passaram a controlar a alimentação. Além disso, 70% dos pacientes em acompanhamento passaram a praticar esportes e outras atividades físicas no ginásio da universidade: “a implantação de programas educativos para diabéticos provoca uma grande melhora no controle, tratamento e seguimento dos pacientes”.

Dessa forma, os pesquisadores alertam para a importância dos programas se tornarem uma prioridade para os serviços básicos de saúde, já que os benefícios que produzem resultam em uma melhor atenção, melhor qualidade de vida e integração social do paciente e, para a economia, representa uma redução dos custos. “A educação continuada dos pacientes diabéticos e de seus familiares é um fator básico para se conseguir um tratamento adequado que estimule o autocuidado, dando responsabilidade pessoal ao paciente, e constitui uma estratégia eficaz para retardar ou diminuir o desenvolvimento das complicações inerentes a diabetes”, destacam no artigo.

SIGA-NOS NO Google News