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Projeto sobre farmacovigilância motiva treinamento

Janaina Gaspar - 16 de maio de 2006 - 07:49

Nesta segunda-feira (15 de maio) cerca de mil farmacêuticos, acadêmicos e profissionais da área, lotaram o anfiteatro do Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, em Campo Grande. Eles participaram do treinamento sobre a Farmacovigilância que servirá de base para implantação do Programa Farmácias Notificadoras no Estado. O treinamento foi ministrado pelo chefe da unidade de farmacovigilância da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Murilo Freitas, além de contar com orientações da Vigilância Sanitária Estadual.

O evento foi motivado pelo projeto de lei 026/06 de autoria do deputado estadual Sérgio Assis (PSB) que dispõe sobre a Farmacovigilância (ciência que permite a detecção, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos por qualquer problema possível relacionados a medicamentos) e o Programa Farmácias Notificadoras.

“O Mato Grosso do Sul será pioneiro neste programa depois da aprovação do projeto. Assim que a lei estiver em vigor teremos a notificação compulsória por parte dos farmacêuticos que passarão a acompanhar pacientes que tomarem medicação e, desta maneira, poderão notificar problemas causados pelos medicamentos”, explicou Assis.

Segundo Murilo Freitas, este programa trará grande benefício à população do Estado e até mesmo aos profissionais e proprietários de farmácias.

“O programa trará uma nova identidade para as farmácias que passarão a ter um perfil comunitário e de responsabilidade social. A população ganha porque o trabalho da Anvisa será acelerado já que as informações sobre reações adversas e baixa qualidade de medicamentos chegarão com mais agilidade até nós”, destacou.

Conforme ressaltou o coordenador de Vigilância Sanitária Estadual, Marcio Cezar Toledo, atualmente a farmacovigilância é aplicada em alguns estados, porém, a notificação é optativa,

“A detecção precoce de reações adversas graves ou inesperadas, a identificação dos desvios da qualidade dos medicamentos comercializados quando há suspeita do envolvimento da saúde do usuário vão ter em breve as farmácias e drogarias do Estado como locais de notificação, para posterior envio à Vigilância Sanitária que irá fazer a investigação. O projeto agregará valor de utilidade pública aos estabelecimentos farmacêuticos”, justifica o autor do projeto, deputado estadual Sérgio Assis.

De acordo com o presidente do CRF/MS (Conselho Regional de Farmácia de Mato Grosso do Sul), Antônio José Paniago Neto, Tonzé, a aprovação do projeto de Lei do Deputado Sérgio Assis, possibilitará que farmacêuticos notifiquem à Vigilância Sanitária, casos de pessoas que apresentarem reações que não estejam previstas nas bulas.

“É um serviço a mais para a população”, ressalta Paniago Neto. Atualmente, o consumidor que tiver problema com algum medicamento precisa ir à Vigilância Sanitária Estadual notificar a situação. A estimativa é que mil profissionais, entre farmacêuticos, estudantes do último ano de farmácia e fiscais de Vigilância Sanitária, sejam capacitados.

O curso também foi ministrado no período noturno para os proprietários de estabelecimentos farmacêuticos


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