Está em tramitação na Câmara Municipal de Campo Grande o projeto de lei de autoria do presidente do Legislativo Municipal, parlamentar Paulo Siufi (PMDB) que autoriza o Poder Executivo a distribuir canetas de insulina reutilizáveis e materiais necessários a sua aplicação, aos portadores de diabetes no município de Campo Grande.

Pelo texto, o Poder Executivo fica autorizado a manter em caráter permanente a distribuição de fitas glicêmicas, de canetas reutilizáveis para aplicação de insulina e demais materiais necessários, dentre estes agulhas descartáveis, refis de insulina, lancetadores e lancetas.

Conforme o projeto, o número de canetas reutilizáveis de insulina a serem fornecidas por paciente, bem como dos materiais utilizados na administração deve estar especificado em receituário próprio do médico que o acompanha. A proposta determina, ainda, que o recebimento dos referidos materiais seja feito por pessoa portadora de diabetes ou insulínica dependente e esteja cadastrada junto ao SERED – Serviço de Referência em Diabetes ou nas Unidades Básicas de Saúde do Município.

Na proposição, Paulo Siufi justifica que, o diabetes atinge igualmente homens e mulheres, sendo a causa de elevados índices de mortalidade, afetando, hoje, cerca de 12% da população no Brasil, sendo a quinta causa de morte no mundo. “Para que a pessoa com diabetes possa ter uma vida normal e reduzir ao máximo o risco de desenvolver uma complicação, é necessário ter a doença sob controle, o que significa manter as glicemias dentro dos níveis fisiológicos. Estima-se que 60% a 80% dos pacientes diabéticos em uso de seringas falham em algum aspecto na administração de insulina. O uso da caneta injetora de insulina está associado a maior precisão na dose, com maior segurança no tratamento”, explica Siufi.

De acordo com o parlamentar, a caneta traz vários benefícios aos pacientes, a começar pelo refil que deve ser guardado na geladeira, mas depois de iniciado o uso. Pode ser mantido à temperatura ambiente, apenas protegido de luz e calor, o que a diferencia das injeções, haja vista que neste último método de aplicação o paciente deve carregar consigo bolsa térmica, frascos de insulina, agulhas e seringas.

Conforme o edil, as agulhas utilizadas nas canetas de insulina são menores que as utilizadas em seringas convencionais, o que reduz a dor no local de aplicação. A caneta da maior certeza ao paciente da dosagem aplicada reduzindo as crises de hipoglicemia, fornece maior segurança e evita o transtorno do uso da seringa, que é associada ao uso de drogas, expondo as pessoas diabéticas a situações vexatórias.