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Programas sociais só com ajuda da União, diz Puccinelli
O governador André Puccinelli (PMDB) condicionou a retomada dos programas sociais em Mato Grosso do Sul à ajuda do governo federal e das prefeituras. Ao deixar solenidade na prefeitura de Campo Grande na manhã de hoje, ele afirmou que, se sua proposta de criar um programa único com União e municípios não prosperar, o Estado só vai voltar a oferecer assistência às famílias pobres a partir de outubro.
Já mandei uma proposta à União, a retomada dos programas depende da União, disse. Se o governo federal não aceitar, vamos ter o nosso programa social a partir de outubro.
Pela proposta de Puccinelli, todos os programas sociais mantidos pelo governo anterior como o Bolsa-Escola (R$ 136 mensais por família) e o Segurança Alimentar (distribuição de alimentos) seriam substituídos por um programa único de distribuição de R$ 100 por mês por família. O objetivo, segundo ele, seria alcançar 130 mil benefícios por mês, ao invés das 108 mil famílias atendidas atualmente.
Pelas contas do governador, a proposta só sai do papel se o governo federal bancar mais da metade do valor global. Dos R$ 13 milhões mensais necessários para bancar o novo programa, Puccinelli quer que a União entre com R$ 7 milhões, o governo do Estado entraria com R$ 4,5 milhões e as prefeituras com R$ 1,5 milhão. Até o ano passado, o governo estadual investia em torno de R$ 8 milhões por mês com programas de assistência a famílias em risco social.
Puccinelli voltou a dizer que o Estado não vai se responsabilizar por assistência a indígenas e a trabalhadores rurais sem-terra. Segundo ele, estes segmentos deverão ser atendidos exclusivamente pelo governo federal.
Cestas básicas para os índios estão sendo fornecidas pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e para os acampados vão sair pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, disse.