O Programa Primeiro Emprego vai sofrer alterações. A informação foi divulgada pelo secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, Remígio Todeschini. Segundo ele, a inscrição de empresas e jovens será simplificada e a subvenção prevista será modificada. "Vamos tornar o Primeiro Emprego mais atrativo para a iniciativa privada", disse.

O secretário esteve hoje em Foz do Iguaçu participando do 65º Fórum Nacional de Secretários do Trabalho (Fonset). O evento reúne representantes de Secretarias de Trabalho de todos os estados brasileiros.

Todeschini ressaltou que o desempenho do programa está atrelado ao crescimento do país. "Estamos trabalhando sob a perspectiva de um crescimento de 3,5% em 2004", afirmou.

Para o secretário do Trabalho, Emprego e Promoção Social do Paraná, Padre Roque Zimmermann, que é o anfitrião do Fórum em Foz do Iguaçu, o anúncio trouxe alívio para os estados. "É um programa importante e que está precisando de adaptações para se tornar um sucesso", disse.

Outro tema discutido pelos secretários do Trabalho foi o plano de qualificação profissional do governo federal. Todeschini afirmou que a prioridade do Ministério é a qualidade dos cursos ofertados. Nos estados, no entanto, a preocupação é com o número de vagas ofertadas, já que a qualificação está diretamente atrelada à empregabilidade dos trabalhadores. "É importante garantir a qualidade, mas a demanda é grande e precisa, na medida do possível, ser atendida", explicou Padre Roque.

Segundo Todeschini, em 2003, 120 mil pessoas foram qualificadas em todo o Brasil. Desses, 8.756 trabalhadores foram qualificados no Paraná, onde foram desenvolvidas 462 cursos de educação profissionalizante só nos últimos meses de dezembro e janeiro. "Conseguimos qualificar os trabalhadores que faziam parte dos públicos prioritários do Plano Nacional de Qualificação - PNQ, em especial os trabalhadores sem ocupação do Sistema Público de Emprego", informou Padre Roque.