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Programa dará incentivos para pecuarista recuperar área degradada

Campo Grande News - 21 de maio de 2015 - 12:13

Programa terá incentivos fiscais, assessoria técnica e linhas de crédito, segundo o secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas (Foto: Caroline Maldonado)
Programa terá incentivos fiscais, assessoria técnica e linhas de crédito, segundo o secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas (Foto: Caroline Maldonado)

Está prevista para julho a implementação do programa para recuperação de pastagens degradadas, elaborado pelo Governo do Estado e entidades parceiras. Haverá incentivos fiscais, assessoria técnica e linhas de crédito, segundo o secretário de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Fernando Mendes Lamas.

Serão priorizadas as regiões da bacia do Rio Paraná, pois têm boa estrutura de armazenagem, conforme o secretário. “Estamos fazendo um estudo e dividimos a areá total em nove regiões. Algumas serão priorizadas levando em conta a infraestrutura. Já temos o esqueleto do projeto, mas tudo será pensado em conjunto com os parceiros”, disse, durante reunião na manhã de hoje (21).

A intenção da secretária é recuperar 2 milhões de hectares em, aproximadamente, cinco anos para potencializar a produção pecuária por meio da integração de culturas. “Mais importante do que o incentivo financeiro é o ganho com produtividade”, destacou o secretário, ao citar exemplo de resultados já alcançados no Estado. “Em Três Lagoas, há uma área grande em que eles tinham seis arrobas de carne por hectares por ano e com a inclusão da soja isso passou para 20 arrobas por hectare por ano”, disse.

A falta de informação e de incentivos governamentais são os motivos da expansão de áreas improdutivas no Estado, na opinião do presidente da Aastec (Associação de Assistência Técnica de Dourados e Região), Ângelo Ximenes. Ele explica que em três anos é possível reverter esse quadro. “Temos que fazer coleta de amostras e atuar na correção do solo, mas no primeiro ano já se pode usar a área, com foco na integração”, detalha.

Conforme a Sepaf, há cerca de 9 milhões de hectares degradados, que incluem áreas de pastagens no Estado. A situação é consequência da “tradição” dos pecuaristas em acreditar que o solo não demanda muitos cuidados, na avaliação da pesquisadora da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Michely Tomazi. “Além disso, faltava informação aos produtores e incentivo do governo”, comenta.

Embora as regiões do leste do Estado sejam priorizadas, o programa pretende apoiar todos os produtores, de acordo com o secretário-adjunto de Estado de Produção e Agricultura Familiar, Jeronimo Alves. “Todos são beneficiários, desde que tenham área de pastagem”.

Também participaram da reunião para discussão da implementação do programa, representantes da Semade (Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Econômico), Reflore (Associação Sul-mato-grossense de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul), Copasul (Cooperativa Agrícola Sul-matogrossense) e Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), além do gerente de mercado de agronegócio da superintendência regional do BB (Banco do Brasil), Rafael Remonti. “Viemos conhecer o programa e com certeza o banco pode contribuir com recurso financeiro. O BB tem todo o interesse”.

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