Mato Grosso do Sul figura entre os 10 estados brasileiros com menores pisos salariais para professores em início de carreira no País, segundo mostra levantamento da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação). Assim como na maioria dos estados, grande parte do ganho dos professores está em “penduricalhos”, como regência e gratificações. O presidente da Fetems, Jaime Teixeira, ressalta que se considerada a remuneração, que engloba esses valores adicionados, Mato Grosso do Sul se destaca dentre os que melhor pagam o professor e que a expectativa é a incorporação da regência ao salário, acordada recentemente com o governo.

Um professor de nível superior, com licenciatura plena, recebe em Mato Grosso do Sul R$ 5,65 por hora trabalhada, salário base. A regência, que é de 100%, dobra o valor. Comparando o valor de base da hora-aula com os outros estados do País Mato Grosso do Sul fica em nono lugar entre os que menos pagam. Os valores são da tabela de abril e consideram o ensino público estadual, que tem 17 mil professores.

Para manter a renda muitos professores levam dupla e até tripla jornada, de acordo com o presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), Jaime Teixeira. O piso do professor graduado iniciante na rede estadual é de R$ 452,57 por 20 horas aulas semanais e R$ 905,13 por 40 horas aulas. Com a regência aumenta a R$ 905,10 a R$ 1.810,20, respectivamente. Assim o valor da hora-aula salta a R$ 11,31. O maior valor de hora-aula do País está no Acre: 17,50 e o menor em Pernambuco, de R$ 2,89 de piso e remuneração (somando adicionais e gratificações) em R$ 4,62. O comparativo saiu hoje porque é comemorado o Dia do Professor.

Jaime Teixeira ressalta que há um compromisso do governo do Estado de no próximo ano incorporar a regência ao salário dos professores. “A principal vantagem é que o adicional por tempo de serviço passará a incidir também sobre o valor da regência”, diz.