Em conseqüência a ação do Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em ter assinado o decreto de homologação das propriedades rurais dos municípios de Dois Irmãos do Buriti, Sidrolândia e Antônio João como sendo terras indígenas, os produtores rurais resolveram realizar uma mobilização no centro de Campo Grande. O evento acontece nesta quinta-feira (28/04) sob a organização da ONG Recovê, que pretende mostrar a população que o governo deve comprar, pagar ou assentar as terras, e não entrega-las dessa forma aos índios.

O presidente da Recovê Pio Queiroz Silva, destaca que não é uma manifestação contra os índios, e sim contra a ação do Presidente Lula. “O presidente como chefe da nação agiu com grande desrespeito, por que ele deveria esperar que o judiciário entregasse a ele o material transitado e pronto para que, assim, assinasse“ declara.

Segundo Silva, a manifestação não é para transmitir que os fazendeiros querem ver o desastre dos índios, a proposta é oferecer as propriedades para o governo comprar, pagar ou assentar. “Não queremos ver as terras sendo seqüestradas, pelo governo, na base da força” emenda, “Queremos que os índios sejam nosso parceiro” finaliza.

Pio ressalta ainda o problema da fome que atinge as aldeias, e afirma ser um desmando da Funai e da Cimi, “Há falta de um atendimento social adequado, é injusto afirmar que a fome é conseqüência da falta das terras”. Ele exemplifica com o caso do Panambizinho, que são mais de mil hequitares de terras que foram entregue aos índios. “Hoje, tanto as casas, quanto as terras, estão verdadeiro matagal”. Afirma Pio que as terras ajudam a minimizar fome, mas os índios precisam de uma orientação para não perder as áreas de terras.

A mobilização dos produtores está marcada para o dia 28 de abril de 2005, na praça do Rádio Clube em

Campo Grande á partir das 9h30.