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Produtores Rurais de MS fazem pacto pela produção

Famasul - 16 de fevereiro de 2005 - 14:49

Preocupados com a crescente queda de preço em diversos produtos agropecuários, em especial a soja, o milho, o algodão e a carne bovina, os produtores rurais de Mato Grosso do Sul resolveram juntar as forças para enfrentar o mercado através de um pacto pela produção e renda.

Em uma reunião realizada nesta terça-feira (15/02) na sede da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul entre a liderança rural de diversos municípios, foram apresentadas sugestões para compor o documento. Após sua elaboração, os produtores pretendem fazer uma grande mobilização para esclarecer toda classe e sociedade em geral a situação da agricultura brasileira.O evento ainda não têm data confirmada e deve ocorrer em consonância com outros Estados que também já estão se articulando com o apoio da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

O vice-presidente da Famasul, Ari Basso diz que o momento é de grande preocupação para todo país, em especial para a região centro-oeste que concentra cerca de 30% de toda produção nacional de grãos. “O problema não é só da soja, outras culturas inclusive a pecuária estão sofrendo a pressão do mercado internacional por causa da queda do cambio. Queremos continuar produzindo mais hoje nossa atividade é inviável por causa do custo de produção”, explica Basso, informando que os insumos foram comprados com um cambio diferente, quando o dólar estava a R$3,20 ou mais e hoje esta em R$2,60 e com a venda da lavoura ao preço que está sendo praticado, não vai dar para pagar as contas.

Para minimizar o problema, os produtores querem a prorrogação do financiamento da safra. Pretendem também estabelecer um preço mínimo de comercialização como uma referência e promover uma negociação caso da caso com a iniciativa privada e com os bancos. Segundo a diretora secretária da Famasul, Tereza Cristina Correia da Costa Dias, a grande preocupação do produtor é cumprir seus compromissos e continuar na atividade. “Os produtores rurais têm responsabilidade social e querem cumprir seu papel, mas precisam de uma solução urgente. Nós vamos procurar as indústrias, os prestadores de serviços e as revendas para sentar numa grande mesa de negociação e achar uma solução para todos”, declara Tereza.

Não há excesso de produção

Os produtores acreditam que além da desvalorização do dólar, a especulação de que haveria uma super safra de soja no país estimulou a queda dos preços. De acordo com os últimos levantamentos a colheita não será tão boa quando se esperava. Um exemplo é o Rio Grande de Sul que enfrentou uma forte estiagem e o próprio Mato Grosso e Mato Grosso do Sul que foram atacados pela Ferrugem Asiática. Além disso, o grão ainda está em fase de desenvolvimento e se faltar chuva poderá haver quebra ainda maior na produtividade. “Tudo indica que vamos ter uma boa safra sim, mas não uma super safra como vinha sendo preconizado”, ponderou Tereza Dias.

Autor:
Eudete Petelinkar - Time Comunicação

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