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Geral

Produtor não deve trocar o leite pela carne em MS

Adriana Molina - 15 de janeiro de 2004 - 07:58

A crise da Parmalat fez surgir no Brasil nos últimos dias mais uma preocupação: A hipótese do produtor trocar o leite pela carne, provocando um desabastecimento do produto no período de entressafa. Em Mato Grosso do Sul, a crise ainda não teve reflexos significativos, mas a Comissão da Pecuária de Leite da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) está preocupada com a questão.

Segundo o presidente da Comissão a Pecuária de Leite da Famasul, Dário Alves de Souza, a crise poderá refletir daqui a dois ou três anos se o produtor começar a cruzar gado leiteiro com Nelore ou abatendo as vacas leiteiras, fazendo assim com que a produção de leite fique escassa.

Para Ademar da Silva Júnior, diretor secretário da Famasul, dos 28 mil produtores do Estado, classificados em pequenos e médios produtores, uma pequena parcela que chega a ser insignificante são fornecedores da Parmalat. "Trata-se de uma categoria muito sacrificada", afirma Ademar explicando que esses produtores não teriam condições de investir em pecuária de corte.

Caso isso ocorra, o setor terá que passar por uma reorganização, um entendimento entre todos os segmentos da cadeia, desde a produção, carregamento até a distribuição. Outra saída seria a formação de cooperativas e a produção de queijos e outros derivados, que poderia redirecionar o produtor e sua produção.

Hoje, Mato Grosso do Sul exporta cerca de 60% de sua produção principalmente para o Paraná e São Paulo, é 9º produtor de leite do país e que segundo Dário, está vendendo leite abaixo do preço de custo, à cerca de R$0,22 sendo que o custo varia entre R$0,28 e R$0,30. Ele também afirma que o norte do Estado é o mais prejudicado, por se tratarem de regiões mais distantes das divisas com o Paraná e São Paulo.




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