A produção industrial brasileira cresceu 2,7% no primeiro bimestre deste ano e das 23 atividades abrangidas pela Pesquisa Industrial Mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje 15 registraram alta. Entre elas, destacam-se o refino de petróleo e álcool (11,2%), veículos automotores (8,7%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (23,8%), onde estão incluídos os celulares, transmissores, receptores e CDs, itens que passaram a ser pesquisados pelo IBGE devido a importância que ganharam nos últimos anos.

Entre as atividades em queda em janeiro e fevereiro estão farmacêutica (-12,6%), vestuário e acessórios (-15%) e calçados e artigos de couro (-9,3%), “três indústrias tipicamente associadas ao comportamento do consumo interno e sensíveis à evolução da massa salarial”, avalia o coordenador de indústria do órgão, Sílvio Salles.

A pesquisa mostra que no primeiro bimestre, os bens de capital (máquinas e equipamentos) cresceram 13% e os bens de consumo duráveis, 8,6%. Os bens intermediários cresceram no bimestre 3,4%. A única categoria de uso com queda no período foi bens de consumo semiduráveis e não-duráveis (-1,6%), “refletindo, ainda, a queda na renda do trabalhador registrada ao longo de todo o ano passado”, segundo Salles.