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Geral

Primeiro Curinga da Vila aprova o seu substituto

Rodrigo Martins/Santos FC - 08 de agosto de 2006 - 18:58

A partida realizada no último domingo (06), em que o Santos Futebol Clube bateu, de virada, o Internacional (RS), por 2 a 1, pelo Campeonato Brasileiro, fez muitos santistas voltarem no tempo. Tudo por causa de Wendel , que se transformou no herói da vitória ao mostrar muita garra em todas as bolas que dividiu, além de ter sido o autor de dois gols, nos minutos finais do confronto, quando a derrota era iminente. Afinal, o Peixe era derrotado em plena Vila Belmiro, com dois jogadores a menos (Reinaldo foi expulso e Maldonado saiu após sofrer lesão no tornozelo e como o técnico Vanderlei Luxemburgo já havia feito as suas três alterações). Wendel saiu de campo reverenciado pela torcida, que não parava de gritar pelo nome do novo Curinga da Vila, Wendel.

Para o primeiro Curinga da Vila e atual técnico da equipe Infantil (Sub-15) do clube, Lima (, o reconhecimento a Wendel foi justo e ele declarou que não se importa em nada, ao ter o apelido pelo qual ficou famoso entregue ao novo herói alvinegro. "Eu parei de jogar há tanto tempo e para mim os torcedores chamarem o Wendel de novo Curinga da Vila, é motivo de muito orgulho, pois mostra que enquanto estive no clube, me dediquei ao máximo e deixei algo de bom. Antes dele ainda teve o Elano, que chegou a ser chamado pela mesma alcunha, mas o Wendel é o que se assemelha mais, por ser um jogador que entra para ajudar a equipe em qualquer situação, mesmo sabendo das suas limitações, que é uma característica admirável ", disse.

O ex-jogador ainda destacou as semelhanças e a maneira como tudo aconteceu com ele e como vem acontecendo com o seu sucessor. Para o eterno Curinga da Vila, este tipo de situação não é imposta, é algo que acontece naturalmente, sem que o atleta perceba, pois sempre há uma situação de necessidade, para ajudar os seus companheiros. Lima lembra do primeiro jogo em que saiu de sua posição original, volante, para ajudar o Alvinegro Praiano em outra função. "Eu lembro que o Lula (técnico) chegou para mim e pediu que eu atuasse na lateral-direita. Era uma partida que valia classificação na Taça Brasil de 1961, contra o América (RJ), no Pacaembu. E deu certo. Fui bem neste confronto e vencemos por 3 a 1", lembrou.

Uma das passagens mais curiosas contada por Seu Lima, como é respeitosamente chamado por seus atletas do Infantil, é uma partida realizada em 1962, contra o Panathinaikos, da Grécia, em Atenas (capital da Grécia), que terminou com o placar de 3 a 2 para os santistas. "Este jogo foi realmente incrível. Comecei a partida como lateral-direito. Mas como perdemos dois atletas por expulsão e um por contusão, tive que fazer um rodízio de posições para ajudar a equipe. Joguei como volante, fui para a meia-direita e terminei a partida como zagueiro, no entanto, o mais importante é que saimos vitoriosos", contou.

Lima contou que até na Seleção Brasileira ele chegou a ser convocado em diversas posições. Ele foi lembrado para defender o esquadrão verde e amarelo como lateral-direito, lateral-esquerdo, meia e atacante, quando defendeu o selecionado nacional na Copa do Mundo de 1966, na Inglaterra.

Para o atual treinador das categorias de base do Santos FC, ter um jogador com a polivalência de Wendel no elenco, é importantíssimo para qualquer equipe. "Conversei com o Luxemburgo e ele me disse que o Wendel já tinha essa característica de ajudar o grupo há muito tempo, desde quando ele foi treinador do Wendel no Cruzeiro. Hoje, você pode ver que o Wendel já atuou como volante, meia, lateral-esquerdo, zagueiro e teve um jogo (vitória santista por 1 a 0, sobre o Rio Branco, pelo Campeonato Paulista deste ano) em que atuou como goleiro, coisa que graças a deus, eu nunca tive que fazer", brincou.


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