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Previsão indica que chuvas não aparecem em Mato Grosso do Sul antes do dia 20

Por conta disso da escassez de chuva e tempo seco, risco de queimadas aumenta

Correio do Estado - 05 de setembro de 2020 - 10:20

Previsão indica que chuvas não aparecem em Mato Grosso do Sul antes do dia 20

Um período de grande amplitude térmica e a falta de expectativa de chuva, está deixando autoridades e proprietários de Mato Grosso do Sul em alerta por conta do risco de incêndios florestais. As precipitações só devem acontecer após o dia 20 de setembro, mas enquanto isso o tempo seco e calor predominam no Estado.

Esse foi um dos pontos apresentados na live na manhã desta sexta-feira (4) para apresentação dos resultados da Operação Pantanal II.

“Mesmo com as altas temperaturas, baixa umidade relativa do ar em praticamente todo o Mato Grosso do Sul, os focos de incêndios florestais seguem controlados na parte sul-mato-grossense do Pantanal e demais regiões do Estado”, comentou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Jaime Verruck.

Franciane Rodrigues, coordenadora do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS (Cemtec), informou que, conforme os modelos climáticos do Inmet, “o que se espera para a segunda metade do mês de setembro é que as chuvas fiquem acima da média nas regiões sul e sudoeste de Mato Grosso do Sul. Nas demais áreas, como o Centro, Norte e o Pantanal, a precipitação deve ficar ligeiramente abaixo da média”.

A tendência, de acordo com o órgão, é de não haver chuvas significativas até 20 de setembro, permanecendo a baixa umidade relativa do ar e altas temperaturas, que podem oscilar de 41ºC a 43ºC no Pantanal.

“No período de 12 a 20, poderemos ter chuvas que amenizam a temperatura na região pantaneira, principalmente entre os dias 13 a 15 de setembro. A partir do dia 20, devemos ter chuva generalizada em todo o Estado, com condições de melhora até o fim do mês”, finalizou Franciane.

O tenente-coronel Moreira, do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, informou que, até o momento, de acordo com o monitoramento feito pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (Lasa) da UFRJ, já foram queimados 2,201 milhões de hectares no Pantanal, sendo 1,110 milhão de hectares em Mato Grosso do Sul e 1,085 milhão de hectares no Mato Grosso.

“Tivemos cerca de seis meses de grandes incêndios florestais, de março a agosto, e houve um aumento significativo nos últimos dois meses. Importante ressaltar que em oito meses de 2020, já temos mais focos de calor do que em todo o ano de 2019. Até o momento, 72% dos focos de calor em Mato Grosso do Sul se concentraram na região do Pantanal. Desses, 81% atingiram os municípios de Corumbá, Aquidauana e Porto Murtinho”, informou.

Moreira destacou a ação integrada dos Bombeiros com as brigadas de incêndio, PrevFogo, Ibama, proprietários rurais e a Marinha nas regiões de Porto Jofre e Serra do Amolar. “Hoje, não temos nenhum grande incêndio florestal em Mato Grosso do Sul, somente no Mato Grosso, que não recebeu chuvas. A situação já esteve mais crítica, mas agora foi controlada na Terra Indígena Kadiwéu”, acrescentou.

O chefe do Estado-Maior do Comando do 6º Distrito Naval, Capitão de Mar e Guerra, Alexandre José Gomes Dória, ressaltou que “hoje os focos de incêndio foram reduzidos a praticamente zero, graças à chuva da semana passada e o combate integrado. Na região da Nhecolândia, desencadeamos uma operação de conscientização local junto aos proprietários rurais e comunidades ribeirinhas e continuamos em alerta para auxiliar as ações no Mato Grosso e no norte de Mato Grosso do Sul, em Porto Jofre”, finalizou.

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