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Prevenção de câncer está associada a mudança de hábito

Agência Brasil/Renata Giraldi - 27 de novembro de 2011 - 10:12

É possível prevenir alguns tipos de câncer a partir de mudanças de hábitos e comportamentos, segundo o oncologista Murilo Buso, do Centro de Tratamento Oncológico do Hospital Universitário de Brasília. No Dia de Combate ao Câncer, lembrado hoje (27), o médico adverte: “O câncer não é uma única doença. São inúmeras doenças diferentes. É possível, sim, preveni-lo”.

O alerta do oncologista se refere ao fato de que se as pessoas não fumarem, evitarem o consumo excessivo de álcool, cuidarem do peso e de determinadas infecções, o risco de desenvolvimento de um tumor maligno será reduzido. “É uma questão de mudança de comportamento”, frisou ele em entrevista concedida ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.

Para Buso, o desafio do sistema de saúde no Brasil é colocar à disposição dos doentes o tratamento adequado para a cura do câncer. De acordo com ele, o conhecimento existe. “O desafio é oferecer tratamento [a todas] as pessoas”, disse.

Segundo o médico, estudos recentes mostram que se os cânceres de colo do útero, mama e intestino forem identificados na fase inicial, as chances de recuperação plena superam 90%. Buso lembra que a descoberta da doença é feita por meio de exames específicos para cada caso.

No que se refere ao câncer de mama, os exames indicados são a mamografia e o ultrassom. O câncer de colo do útero pode ser detectado por meio do chamado exame papanicolau, que consiste na coleta de material do colo uterino e análise feita em laboratório. No caso do câncer de intestino, o oncologista recomenda atenção ao surgimento de infecções e pólipos na região.

Na semana passada, o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou um estudo mostrando que a estimativa é que, apenas no próximo ano, 520 mil novos casos de câncer surjam no país. Pelo estudo, 18 tipos da doença são as que mais atingem os brasileiros.

O câncer de mama, com exceção do tumor de pele não melanoma (o mais agressivo), é o mais frequente em mulheres. Especialistas consideram que a amamentação, a prática de atividade física e alimentação saudável são fatores de proteção ao câncer. Nos homens, a incidência maior é de câncer de pele (não melanoma) seguido pelo câncer de próstata.

Em seu último estudo, publicado em 2009, o Inca previu que, em 2010, 490 mil pessoas seriam afetadas pela doença em todo o país. As estimativas de anos diferentes não podem, no entanto, ser comparadas, devido a diferenças metodológicas entre elas.





Edição: Lílian Beraldo

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