Os presos que tentaram fugir do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima de Campo Grande na tarde desta quarta-feira (4 de abril) conseguiram serrar uma das grades do solário, no horário de banho de sol, e chegaram a lançar uma teresa para escalar o muro da penitenciária. A versão foi confirmada por agentes penitenciários estaduais e federais, ao narrarem a movimentação que resultou na fuga de um detento do presídio.

Conforme os agentes, o total de presos que tentou escapar aproximou-se de 30. Destes, seis conseguiram escapar da área cercada do solário – localizado a cerca de 200 metros da muralha da Máxima. Com a ajuda de uma teresa, já apreendida, um dos detentos iniciou a escalada, momento em que agentes federais perceberam a movimentação e dispararam o alarme. Na ocasião, a guarita de vigília mais próxima estaria vazia.

Os agentes, com auxílio de policiais militares, conseguiram recapturar os cinco detentos que aguardavam para pular o muro. Porém, não conseguiram impedir a fuga de Flávio Rodrigues Aretes Araújo, condenado há 36 anos de prisão. Ele tinha penas atribuídas a, pelo menos, dois assaltos. Equipes da PM continuam nas imediações da Máxima, em busca do fugitivo.

Durante a ação, um preso acabou baleado. Carlos Antônio Acosta, que já havia escapado da Máxima em janeiro, cumpria pena superior a 40 anos de prisão. Ele foi encaminhado para a Santa Casa da Capital, para tratamento. Os presos envolvidos na fuga eram do Pavilhão 3, ocupando celas provisoriamente no setor de saúde da penitenciária.

A fuga dos presos ocorreu no mesmo dia em que o secretário Wantuir Jacini (Justiça e Segurança Pública) entregou as obras de reforma do Pavilhão 1 da Máxima. Na ocasião, foi constatado que a grade de uma das celas encontrava-se serrada. O setor estava vazio. O novo diretor-presidente da Agepen, coronel Hilton Villasanti Romero, compareceu ao presídio após a fuga, mas deixou o local sem falar com a imprensa.