A partir de hoje, 42 presos do regime aberto e semi-aberto começam a ter aulas sobre técnicas de combate ao incêndio florestal e legislação. O grupo, que também terá aulas práticas de combate e utilização de equipamentos, vai fazer parte do projeto voluntários do fogo, inédito no País.

O uso desta força no combate aos incêndios florestais ajudará a suprir parte do déficit de militares que atuam em Campo Grande. Segundo a assessoria de imprensa do Corpo de Bombeiros, ao usar este grupo, os bombeiros da Capital poderão se dedicar às demandas da cidade.

O Estado conta com 1,1 mil bombeiros. Até o fim de julho, mais 162 soldados vão passar a fazer parte do quadro. Este total representa 30% do efetivo necessário. Só em Campo Grande, os bombeiros atendem de 50 a 60 ocorrências diariamente.
Conforme a Corporação, o mês de junho é considerado o mais preocupante por conta dos baixos índices de umidade do ar, o que aumenta os incêndios em terrenos baldios.

Os internos escolhidos passaram por uma avaliação da Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário) e todos têm bom comportamento, segundo Rafael Garcia Ribeiro, diretor de assistência penitenciária. A preferência foi dada aos que têm mais tempo de pena para que permaneçam por mais tempo no programa. Ribeiro diz não acreditar em problemas de segurança por conta da escolha criteriosa dos detentos.

Eles permaneceram nas unidades e serão acionados quando correr grandes incêndios ou muitos focos no mesmo período, inclusive em outros municípios como Bodoquena. Os equipamentos serão entregues apenas no atendimento à ocorrência. A cada três dias de trabalho, um dia será descontado da pena.

Ao longo do projeto, mais internos devem ser agregados. Dia 20 de maio, começa a divulgação do trabalho em Aquidauana, depois, a Agepen segue para Três Lagoas, Dourados e Corumbá.

Fonte: Campo Grande News