O comboio da Força Nacional de Segurança Pública com os 11 presos que cumpriam pena em Naviraí, a 351 quilômetros de Campo Grande, chegou há pouco na Capital. Os detentos, que são considerados lideranças do PCC (Primeiro Comando da Capital), em Mato Grosso do Sul, vão ficar detidos no EPSM (Estabelecimento Penal de Segurança Máxima).

A transferência começou a ser feita no fim da manhã depois de um princípio de rebelião na unidade penal de Naviraí, e contou com a escolta de 25 policiais. Por questões de segurança, o destino dos presos não foi revelado no início da operação, feita em cinco viaturas da Força Nacional.

Os presos estavam no presídio do município, que possui Regime Disciplinar Diferenciado, desde o fim de maio, depois das rebeliões nos presídios de Campo Grande, Dourados, Corumbá e Três Lagoas, nos dias 14 e 15 de maio. O juiz criminal da cidade autorizou a permanência destes detentos na unidade, considerados lideranças dos motins, por apenas 60 dias.

Porém, ninguém da Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário) foi encontrado para falar se as transferências foram realizadas em função do prazo estabelecido pela Justiça.

Em decisão proferida na quinta-feira, 20, o juiz Eduardo Magrinelli Júnior da 2ª Vara Criminal de Naviraí, proibiu novas transferências de presos, provisórios ou não, para o presídio de segurança máxima do município, enquanto a Agepen não regularizar a licença ambiental da unidade penal. Na decisão, o juiz também determinou a transferência dos presos, com exceção daqueles que estavam detidos na cadeia pública do município, já que ela foi desativada.