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Geral

Presos da Operação Navalha passam a noite na PF

Lourenço Canuto/ABR - 18 de maio de 2007 - 08:48

Brasília - O deputado distrital Pedro Passos (PMDB) e outros presos na Operação Navalha passaram a noite na sede da Superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília. Passos foi preso durante a operação realizada nessa quinta-feira (17) pela PF, para prender envolvidos com uma organização que desviava recursos destinados a obras públicas.


Ontem à noite, a Câmara Legislativa aprovou a custódia do deputado, conforme prevê o regimento interno, e ele deverá ser solto hoje, depois que a ministra Eliana Calmon, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), assinar o ato de soltura. Ela expediu os mandados de prisão e, no caso de Pedro passos, qualificou como flagrante. Os demais foram feitos preventivamente.


O advogado de Pedro Passos, Herman Barbosa, disse, em entrevista, que “a prisão dele foi irregular, pois a decisão da ministra do STJ se baseou em fato ocorrido há um ano” e que isto “não é flagrante, por isso a Câmara Legislativa determinou a soltura”. O procurador-geral da Câmara, Stefano Pedroso, compareceu à Polícia Federal à meia noite, acompanhado da Polícia Legislativa, a fim de levar Pedro Passos para prisão domiciliar, de acordo com o que decidiu a Câmara Legislativa. O procurador disse que na terça-feira deve ser votado o relaxamento da prisão domiciliar.

O delegado responsável pelo caso decidiu soltar o deputado somente depois de receber despacho da ministra Eliana Calmon, o que deve ocorrer hoje. Dezenas de advogados ficaram, à noite, na guarita da Polícia Federal, tentando falar com seus clientes. A maioria viajou de outros estados para Brasília depois que a Operação Navalha foi desencadeada. Poucos conseguiram falar com os presos, mas disseram que eles estão sendo bem tratados.


O advogado de um funcionário público de São Paulo disse que gente como seu cliente deve ter "entrado de gaiato" na operação. "Podem ser apenas intermediários, peixes pequenos”, afirmou Carlos Martins, que chegou a Brasília no fim da tarde.


Na noite de ontem, os presos da Operação Navalha foram encaminhados ao Instituto Médico legal (IML) para fazer exame de corpo de delito, como determina a lei. Mais de 20 deles chegaram à noite a Brasília, em avião da Polícia Federal que buscou as pessoas em vários estados.



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