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Preso troca de lugar com o irmão durante visita na Máxima e foge

Paula Vitorino e Paula Maciulevicius, Campo Grande News - 09 de julho de 2012 - 14:50

Dois irmãos driblaram o monitoramento da Penitenciária de Segurança Máxima e trocaram de lugar durante visita na tarde desse domingo (8), em Campo Grande. O preso Marco Antônio Cuenca, de34 anos, saiu do estabelecimento, tranquilamente, se passando pelo irmão Werinton Velane Cuenca,que não tinha passagem criminal pela Polícia.

A troca dos irmãos só foi descoberta por uma falha no plano de fuga: Marco esqueceu uma mochila deixada pelo irmão próximo ao Estabelecimento, o que levantou a suspeita da Polícia. Mesmo assim Marco conseguiu fugir e ainda está foragido.

Ele foi preso em fevereiro deste ano por envolvimento na quadrilha que assaltou o Banco do Brasil, em Ribas do Rio Pardo, mas já estava foragido do regime semi-aberto de São Paulo e somava oito passagens pela Polícia paulista.

Durante a visita de ontem, os irmãos trocaram de roupa dentro do presídio. Werinton deixou uma mochila em um comércio que fica em frente a Penitenciária, o que segundo a Polícia é um procedimento normal de visitantes dos presos.

Marco saiu do presídio com as roupas do irmão, assinou o registro de visitantes como se fosse Werinton, mas pegou a mochila errada, em outro comércio.

Na fuga, ele percebeu a troca e o comparsa voltou para pegar a mochila certa. Mas quando voltou, a Polícia já tinha sido informada de que a bolsa tinha sido esquecida e começou a suspeitar da fuga.

De acordo com o delegado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Tiago Macedo, os policiais fizeram contagem no presídio e constataram que ninguém tinha saído, mas suspeitaram do comportamento estranho de um dos presos: Werinton. Ele chegou a simular que estava passando mal por conta do nervosismo, mas a farsa acabou sendo descoberta.

O comparsa dos irmãos, Reginaldo Acedo, foi preso no momento em que tentava resgatar a mochila. Ele atuou como “motorista” e disse ter deixado Marco em um ponto de ônibus no bairro Cidade Jardim.

Reginaldo e Werinton estão presos pelo crime de “promove ou facilitar a fuga de preso”.

O delegado admite que houve falha no sistema de segurança do presídio, mas justifica que “os presos dissimularam toda a situação”, já que o mecanismo para verificação de entrada e saída de visitantes é a assinatura.

“A assinatura que os dois fizeram batia. Eles conseguiram forjar”, diz.

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