O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, recebeu nesta quarta-feira (10) a agenda mínima elaborada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entregue pelo presidente da instituição, Armando Monteiro Neto. A mesma agenda foi entregue ao presidente da República na semana passada e apresenta 18 propostas para seis áreas: infra-estrutura, sistema tributário, ambiente regulatório, reforma do estado e gestão, inovação e sistema político.

Armando Monteiro disse que a agenda foi elaborada para que a sensação de paralisia do governo não comprometa o ambiente institucional e econômico.

- Independentemente da crise, que tem uma dinâmica própria, e do rumo do processo de investigação, que deve ser amplo e rigoroso, o governo, o Congresso e as instituições têm que funcionar. Pretendemos criar uma agenda que possibilite uma travessia dessa crise com o menor custo possível para a sociedade e para a economia - afirmou.

Renan disse que qualquer agenda mínima está comprometida pela inércia, pois o governo tem sido passivo. Ele assinalou que o governo precisa ajudar o Congresso Nacional a priorizar a votação de pontos fundamentais como a reforma tributária, a chamada medida provisória do bem, a MP da receita única e as mudanças nos estímulos à produção e à exportação.

- A agenda mínima da CNI é um caminho, é um rumo. Nós temos outras agendas. O importante é priorizar a votação. A partir de agora, todas as terças, quartas e quintas-feiras vamos ter uma pauta de votação. O partido que quiser obstruir vai obstruir, mas é uma posição política. Se não obstruir, nós vamos votar tanto na Câmara quanto no Senado - afirmou.