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Presidente do Senado faz apelo a líderes sobre CPI

Marcos Chagas/ABr - 03 de abril de 2008 - 20:06

Brasília - O presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), fez hoje (3) um apelo aos líderes do DEM e do PSDB, José Agripino Maia (RN) e Arthur Virgílio (AM), respectivamente, para que deixassem para terça-feira (8) a leitura do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado destinada a investigar gastos do governo com cartões corporativos.

Inconformados com o resultado da votação de hoje na comissão parlamentar mista de inquérito que investiga o assunto, que aprovou apenas um dos 34 requerimentos de convocação, os líderes da oposição solicitaram a leitura do requerimento de instalação da CPI exclusiva da Casa.

Garibaldi Alves Filho convocou uma reunião para terça-feira com todos os líderes para discutir uma agenda de trabalho que permita ao Senado sair da crise em que se encontra. Essa situação foi abordada hoje por vários senadores.

Ao ver sua proposta inicialmente rejeitada pela oposição, Garibaldi questionou: "Será que não tenho autoridade? Será, pelo amor de Deus, que eu, como presidente desta Casa, não tenho condições de fazer um apelo para que um requerimento que está aqui há 40, 50, 60 dias parado, que eu estou dizendo que vai ser lido na terça-feira, doa a quem doer, custe o que custar? Se não for para me atender nesse requerimento, não vamos nos reunir na casa do presidente do Senado."

O primeiro vice-presidente da Casa, Tião Viana (PT-AC), cobrou de Garibaldi Alves Filho que, por força do regimento interno da Casa, cumpra a ordem da data de apresentação dos vários requerimentos pendentes de leitura pela Mesa Diretora. "Se tiver mil requerimentos para ler, eu leio, até chegar ao da CPI", respondeu o presidente do Senado.

A discussão em torno da crise política no Senado, motivada principalmente pela disputa entre governistas e oposicionistas, começou à tarde, com pronunciamento do senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Ele disse que o momento de crise no sistema financeiro norte-americano, que já contamina parte do sistema europeu, serve "de advertência" para que o Congresso Nacional passasse a trabalhar com uma agenda positiva. Como exemplos para essa pauta, o senador citou a reforma tributária e medidas de garantia do desenvolvimento interno.

O senador Pedro Simon (PMDB-RS), por sua vez, atribuiu "o momento ruim" enfrentado pela Casa ao descrédito das comissões parlamentares de inquérito. "A CPI dos Cartões Corporativos, por exemplo, não fica bem [com a rejeição de praticamente todos os requerimentos]. O Congresso está caindo em descrédito total. Hoje é o PT; durante oito anos, foi o PSDB; ninguém sabe o que será daqui a três anos."

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