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Presidente do PSDB nega ter recebido dinheiro

Gabriela Guerreiro e Iolando Lourenço /ABr - 27 de julho de 2005 - 08:24

O presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), disse ontem (26) que as denúncias de que teria recebido doações "não-oficiais" das empresas DNA e SMP&B, do publicitário Marcos Valério, em campanhas eleitorais de 1998, não são verdadeiras. O senador negou que tenha participado de qualquer esquema de captação de recursos não declarados ao Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais para sua campanha ao governo do estado.

"A minha eleição de 1998 foi aprovada plo TRE com todo o detalhamento necessário. Foi feita a prestação de contas com todo o cuidado que a lei exige. Não posso concordar com essa tentativa de estadualização das questões", ressaltou.

Em nota oficial, a assessoria da DNA informa que o empréstimo de R$ 11,7 milhões citado na matéria do jornal O Globo "realmente existiu". Mas afirma ter "dúvidas quanto à veracidade dos fatos". Segundo a nota, a agência solicitou cópia do contrato junto ao Banco Rural e pretende se pronunciar novamente sobre o caso.

A assessoria da SMP&B afirma que a empresa fez algumas doações para políticos em 1998, mas não é possível precisar se o PSDB foi um dos partidos beneficiados. Segundo a empresa, como as doações foram feitas por Marcos Valério, só ele pode especificar os partidos beneficiados. De acordo com a assessoria, as doações não foram oficiais e não estão registradas na empresa.

O senador afirmou que o TRE aprovou integralmente as contas de sua campanha de 98, que somaram R$ 8,5 milhões. A empresa responsável pelas sua campanha na ocasião, de acordo com ele, foi a do publicitário Duda Mendonça. "Eu não tenho nada a ver com as questões que estão sob investigação nessa Casa. O empréstimo citado pelo jornal não era do meu conhecimento, foi feito entre um banco e uma empresa", disse. "Não tem o meu aval e de ninguém do meu partido".

Segundo o jornal O Globo, a empresa DNA teria contraído junto ao Banco Rural empréstimo de R$ 11,7 milhões oferecendo como garantia contratos assinados com a Secretaria de Comunicações e Governo de Minas Gerais. O jornal afirma, ainda, que poucas semanas depois, pelo menos 70 políticos ou pessoas ligadas a políticos da coligação de Eduardo Azeredo - candidato à reeleição ao governo de Minas - receberam repasses da SMP&B que chegaram a R$ 1,6 milhão.

O senador afirmou que se considera vítima no episódio. "O que eu não posso concordar é que a hipocrisia prevaleça. Eu tenho uma vida pública que é conhecida dos mineiros, e respeitada. Não venham com hipocrisia para cima de mim", enfatizou.

Eduardo Azeredo disse estar à disposição de "qualquer fórum" do Senado para esclarecer as denúncias, e afirmou não se sentir constrangido em permanecer à frente do PSDB Nacional. "Eu estou aqui dizendo a verdade, eu não sabia desses empréstimos, eu não fui responsável por nenhuma distribuição. Não tenho nenhum constrangimento em continuar dirigindo partido que eu ajudei a fundar", defendeu.

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