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Presidente defende liberdade na internet, mas com regras

Carolina Pimentel, da Agência Brasil - 10 de outubro de 2008 - 19:12

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje a liberdade de expressão na internet. Mas na avaliação do presidente, a internet precisa de regras para impedir, por exemplo, crimes de pedofilia.

“Vamos ter cuidado e estabelecer regras para que você não possa fomentar coisas como a pedofilia na internet ou outras coisas mais graves. Mas do ponto de vista da comunicação, da liberdade de expressão, temos que agradecer a existência da internet porque ela deixou tudo mais antigo e ultrapassado”, disse.
Lula contou que quase não acessa sites, deixa esse trabalho para a assessora Clara Ant. “Quando deixar a presidência vou acessar tudo que não fiz”, disse.

Apesar de achar a rede mundial de computadores um meio de comunicação revolucionário, o presidente afirmou que usa pouco, mas já arriscou baixar músicas.

O presidente revelou que baixou três músicas pela rede mundial de computadores: Viola Enluarada, de Paulo Sérgio e Marcos Valle, e O Comedor de Gilete, de Carlos Lyra e Vinicius de Moraes, com a interpretação de Ary Toledo, para presentear o governador do Ceará, Cid Gomes; e outra para dar a Jaques Wagner, governador da Bahia.

“Eles que são mais jovens nunca ouviram essas músicas e queria dar a eles”, disse.

O presidente reconheceu que a facilidade em baixar músicas prejudica as gravadoras de CD e DVD. “Não sei como os donos das produtoras vão sobreviver nesse mundo libertário que a internet possibilita às pessoas. Não sei se estão exigindo alguma regulamentação, mas em algum momento alguém vai começar a chiar em relação a isso. Outro dia estava pensando, a pessoa tira todas as músicas que ele quiser na internet e aí as pessoas ficam discutindo a pirataria, ou seja, a pessoa tira dentro de casa”, afirmou.

Ao ser questionado se o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi antidemocrático em limitar a propaganda dos candidatos na internet, Lula respondeu: “Se você fosse candidato e tiver sendo vítima da internet, com certeza você concordaria [com o TSE]. Se você for um cidadão brasileiro ou um presidente da República, que ama a liberdade de expressão e de comunicação, achamos que precisamos cuidar, da melhor maneira possível, para que os meios de comunicação funcionem de forma mais aberta possível e com a maior responsabilidade possível”.

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