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Geral

Prefeituras do Rio iniciam demolições de moradias

Agência Brasil/ Flávia Villela - 07 de janeiro de 2010 - 15:15

As recentes tragédias decorrentes de deslizamentos causados pelas fortes chuvas e ocupações indiscriminadas de encostas parecem ter servido de alerta para alguns municípios do Rio de Janeiro.

A Defesa Civil do município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, demoliu nesta manhã 20 imóveis condenados, atingidos por deslizamentos, no bairro de Gramacho. Os antigos moradores foram enviados para abrigos da prefeitura.

A prefeitura da capital fluminense iniciou ontem (6) a demolição de 73 casas em Cascadura, condenadas após um deslizamento de terra que matou três pessoas da mesma família no final de 2009. Também ontem a Secretaria Municipal de Habitação anunciou que vai remover mais de 12 mil famílias que vivem em áreas de risco, quase todas favelas.

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, declarou hoje (7) que a partir do Cadastro de Favelas do Instituto Pereira Passos não haverá mais habitações em áreas de risco na cidade. O projeto, entretanto, ainda está em fase elaboração.

“As remoções vão acontecer com dignidade, diálogo e indenização, aluguel social ou compra com o programa Minha Casa, Minha Vida. O que não dá é qualquer chuva que houver, os prefeitos do Rio de Janeiro ficarem sem dormir pensando que pode morrer gente com deslizamento.”

As declarações do prefeito foram feitas durante a inauguração de uma creche e pré-escola no bairro do Caju, zona portuária do Rio. A estimativa é de que as remoções custem mais de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

O secretário municipal de Habitação do Rio, Jorge Bittar, disse que serão construídas 60 mil moradias no município até 2012, por meio do programa Minha Casa, Minha Vida. Do total de casas, 10 mil serão construídas ainda este ano e servirão também para a realocação de moradores em áreas de risco.

“Além disso, vamos implantar um sistema de monitoramento e controle da expansão das comunidades em toda a cidade para evitar novas tragédias. Não será apenas um sistema de repressão, mas também de oferta de habitações com grande alcance social.”

Bittar lembrou que outros investimentos sociais são fundamentais para conter o crescimento desordenado, como a melhoria do transporte público e da educação.

No Morro da Carioca, em Angra dos Reis, litoral sul fluminense, cerca de 100 moradias vão ser demolidas pela prefeitura, onde mais de 20 pessoas morreram na virada do ano, quando uma encosta veio abaixo sob forte chuva, soterrando casas. O governo estadual prevê nessa região a demolição de cerca de 3 mil domicílios que se encontram em áreas de risco.

Em todo o estado do Rio, mais de 70 pessoas morreram e a temporada de chuvas na região só costuma terminar em março. Quase 3 mil pessoas estão desabrigadas ou desalojadas e os prejuízos nas cidades afetadas já está na casa de centenas de milhões de reais.


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