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Prefeitos de MS apertam os cintos para garantir investimentos em obras

Campo Grande News - 17 de janeiro de 2015 - 17:37

Não importa se o município é grande ou pequeno, os prefeitos dizem que terão de apertar o cinto com despesas para conseguir fazer investimentos neste ano que antecede as eleições. A saúde financeira foi abalada com a redução dos repasses do governo federal e estadual.

Paulo Duarte (PT) comanda a quarta maior cidade de Mato Grosso do Sul. O petista conta que desde o fim do ano passado criou uma comissão, em que ele preside, para controlar os gastos administrativos. “Criamos um conselho de gestão financeira com três secretários que verificam os itens de despesas”, disse.

Ainda de acordo com Duarte, algumas despesas só podem ser executadas com a aprovação dele. “Reduzimos as despesas e em alguns casos como as diárias só eu que autorizo”, pontuou. O petista pode disputar a reeleição.

O prefeito de Inocência, Toninho da Cofapi (DEM), também está analisando as contas do município para deixar as finanças em ordem antes de entregar o mandato. O democrata já está no segundo mandato e não pretende deixar dívidas. “Fizemos levantamento da arrecadação nos últimos três anos para fazer a média. Vai ser difícil”, afirmou.

Toninho ressaltou que além da redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), ele também vai perder com ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) já que a economia depede do plantio de floresta que demora sete anos para começar a render e enquanto isso não gera arrecadação. Fora a diminuição de arrecadação, tem aumento da folha de pagamento por causa do reajuste do piso dos professores.

Se alguns prefeitos estão cortando gastos, outros se veem num beco sem saída. É o caso do prefeito de Angélica, Luiz Antônio Milhorância (PSDB), que vai disputar o segundo mandato. Segundo o tucano, só com as despesas de Saude, Educação e folha de pagamento seu orçamento já chega ao limite.

“Não vejo muito o que fazer porque gasto 20% com Saúde, 25% com Educação e ainda tem a folha de pagamento. Precisamos da ajuda do governo do Estado”, afirmou. Milhorança disse ainda que o município já chegou a 12 mil habitantes, mas o FPM é baseado em apenas metade da população.

Por outro lado, o prefeito de Nova Andradina, Roberto Hashioka (PMDB), está mais otimista e disse que não vai enfrentar muitas dificuldades porque se programou nos dois primeiros anos já esperando a redução de arrecadação. “Sempre preparei para o pior, fizemos um plano de aplicação porque nunca se sabe como será o futuro”, ressaltou.

O peemedebista investiu nos dois primeiros anos em Saúde e Educação e agora vai aplicar os recursos em obras de infraestrutura. “Temos R$ 30 milhões para infraestrutura. Já começou obras de drenagem e pavimentação e queremos fazer casas populares”, destacou. Hashioka está no terceiro mandato de prefeito - intercalado - e pode tentar mais um no próximo ano.

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