Cassilândia Notícias

Cassilândia Notícias
Cassilândia, Quinta, 25 de Abril de 2024
Envie sua matéria (67) 99266-0985

Geral

Preço do pãozinho não deve cair com desoneração do trigo

Danilo Macedo/ABr - 19 de maio de 2008 - 19:16

Brasília - Presente na mesa de todo brasileiro no café da manhã, o pãozinho não deve sofrer redução significativa de preço apesar do anúncio da suspensão da cobrança do Programa de Integração Social e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins), até dezembro, para o trigo, a farinha e o pão francês. A afirmação foi dada, hoje (19), pelo presidente da Associação Brasileira da Indústria da Panificação e Confeitaria (ABIP), Alexandre Pereira.

Em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele disse que a medida atingirá apenas 5% do mercado de panificação, já que 95% das padarias brasileiras são micro e pequenas empresas e, portanto, não pagam PIS/Cofins. O imposto representa 9,25% de tributação sobre os três itens.

Pereira contou que, nos últimos 12 meses, o preço da farinha de trigo aumentou 90% e o do pãozinho 25%. Grande parte da alta, entretanto, se deu a partir de janeiro, com 60% de aumento em um ano, quando a saca de 50 Kg de farinha passou de R$ 70 para R$ 112.


“O setor estaria se preparando em maio para um novo reajuste. O que nós podemos afirmar é que, em função disso [suspensão da cobrança do PIS/Cofins], não haverá nenhum tipo de reajuste do pão francês em maio, e há uma tendência de algum tipo de queda. Mas não uma queda de 10% ou 15%, como governo anunciou. Poderá haver uma queda, de 3% a 4%, mas quando a farinha de trigo chegar mais barata nas padarias, e isso, efetivamente, não aconteceu”, afirmou.

O presidente da ABIP ressaltou que sempre se fala do pão francês porque ele é o carro-chefe das padarias, mas a farinha de trigo é utilizada na fabricação de vários outros produtos, como massas e biscoitos. Por isso, ele defende a autonomia do país na produção de trigo.

“É uma questão de segurança alimentar. É importante para o Brasil que ele realmente tenha auto-suficiência no trigo para que possamos ficar mais independentes no que tange à segurança alimentar. Devemos ter uma política mais séria em relação à triticultura nacional, para que não sejamos pegos de surpresa novamente quando a Argentina resolver quebrar os contratos com o Brasil”, destacou.

Em abril, o governo lançou o Plano Nacional de Trigo, que visa a estimular o aumento da produção do grão em até 25% já para a próxima safra.


SIGA-NOS NO Google News