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Geral

Preço da cesta básica sobe nas 16 capitais pesquisadas

Melina Fernandes/ABr - 01 de dezembro de 2005 - 19:40

Pela primeira vez desde maio, a cesta básica passou a custar mais caro para os consumidores das 16 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O resultado divulgado hoje (1°) aponta a batata e o tomate como os produtos responsáveis pela maior parte do aumento.

A alta no preço da carne bovina, produto de maior peso na cesta, foi atribuída pelo Dieese à descoberta de focos de febre aftosa no rebanho brasileiro. Mas ficaram mais baratos o óleo de soja, o feijão, o arroz e o pão.

Segundo José Maurício Soares, técnico e economista do Dieese, na comparação com os anos anteriores, houve uma "boa melhora" no preço da cesta básica para os trabalhadores. Ele disse que a previsão é de estabilidade nos preços em dezembro, até porque "o tomate e a batata não têm mais por que subir".

São Paulo foi a cidade que registrou o maior valor da cesta básica (R$ 184,67), com aumento pelo segundo mês consecutivo. O trabalhador paulistano que ganha salário mínimo teve de cumprir, em novembro, uma jornada de 135 horas e 25 minutos para adquirir os alimentos básicos. Em outubro eram necessárias 128 horas e 10 minutos, mas em novembro de 2004, a jornada correspondia a 144 horas e 45 minutos.

A compra da cesta básica em novembro exigiu 66,66% do rendimento líquido de quem ganha o mínimo, contra 63,08% em outubro e 71,24% em novembro de 2004. Pelos cálculos do Dieese, para atender ao definido pelo decreto lei que criou o salário mínimo em 1938, ele deveria ser de R$ 1.551,41 hoje, para o paulistano, contra o valor de R$ 1.468,24 em outubro.

O levantamento do Dieese aponta ainda que as maiores altas no mês foram em Belo Horizonte (9,32%), Vitória (8,28%) e Salvador (8,20%). E as menores, em Fortaleza (0,30%) e Belém (2,40%). Apenas em Goiânia o preço da cesta básica registrou uma variação acumulada negativa entre janeiro e novembro deste ano (-2,67%). O maior acréscimo acumulado ocorreu em Recife (14,88%).

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