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Geral

Pré-Natal

Pediatra Digital - 18 de janeiro de 2017 - 09:00

A escolha do obstetra é fundamental e confiar no profissional que acompanhará a gestação é o primeiro passo. Ele deve esclarecer todas as dúvidas; analisar junto à paciente o tipo de parto; prevenir e detectar fatores que possam afetar a saúde materna e fetal, além de conduzir o tratamento mais adequado em casos de distúrbios mais graves.

O Ministério da Saúde aconselha que o número mínimo de consultas seja seis: uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no último. Nelas, o médico irá pesar a paciente, verificar a pressão arterial, medir a circunferência abdominal e o fundo do útero, realizar toque vaginal e ouvir os batimentos cardíacos fetais (a partir da décima segunda semana). As consultas são mensais até a 32ªsemana, quinzenais da 32ª a 36ª e, após, semanal até o dia do parto. Entretanto, em casos de alto risco, a atenção precisa ser maior e as consultas passam a ser quinzenais desde a 30ª semana e semanais após esse período. É importante destacar que não existe alta do pré-natal! O acompanhamento deve ser mantido até o nascimento do bebê e reforçado em uma última, pós-parto, para revisão.

Exames laboratoriais
Serão diversos exames e muitos deles repetidos ao longo dos trimestres. Portanto, não se preocupe se o seu médico tiver esse tipo de cuidado. Fique atento aos que serão solicitados logo na primeira consulta:

hemograma
bioquímica
coagulograma
tipagem sanguínea
glicemia (em jejum)
sorologia para hepatite B e C
HIV
toxoplasmose
citomegalovírus
rubéola e VDRL(sífilis)
exames de urina (EAS e urinocultura), fezes (EPF) e o colpocitológico (preventivo).

Existem diversos outros igualmente importantes no pré-natal, mas que serão avaliados, caso a caso, de acordo com o período da gestação.

A tecnologia a favor da gestante
A ultrassonografia pode fazer mal ao bebê? Quantas devemos fazer? A partir de que semana podemos ver o sexo do bebê? Essas talvez sejam umas das maiores dúvidas na gravidez.

Primeiramente, a ultrassonografia (USG) não faz mal ao bebê e não há qualquer tipo de radiação como em uma radiografia ou tomografia. É um exame baseado na reflexão de ondas sonoras de alta frequência onde se formam as imagens em tempo real das estruturas fetais.

1ª USG
Deve ser o mais precoce possível para identificar a idade gestacional. Entre a 7ª e a 9ª semana o inicio do desenvolvimento do embrião é avaliado e o batimento cardíaco fetal é auscultado pela primeira vez.

2ª USG
Entre 11 a 13 semanas e seis dias será feita a translucência nucal (medição realizada na nuca do feto), a presença ou ausência do osso nasal e o fluxo de sangue no ducto venoso. Essa ultrassonografia é importante, pois ajuda a estimar o risco do feto desenvolver doenças anomalias genéticas ou cardiopatias congênitas.

3ª USG
De todas é a mais importante e a única que não pode deixar de ser feita. Conhecida como ultrassom morfológico e realizada entre a 20ª e 24ª semanas, quando é detectado os órgãos do bebê como estômago, rim, coração,coluna e membros. Avalia também a localização da placenta e a quantidade de líquido amniótico.

4ª USG
A partir da 34ª semana, é avaliado o crescimento fetal, peso,volume de líquido, movimento respiratório fetal, tônus e movimentação do feto.

O dopplerfluxograma é um ultrassom que mede o fluxo de sangue em artérias importantes para avaliar o bem-estar entre a mãe e o bebê. É realizado nas artérias uterinas, umbilical e cerebral média e repetido conforme necessidade.

O ecocardiografia fetal é um exame novo e, apesar da Sociedade Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia já o ter incluído como parte do pré-natal, infelizmente, ainda não é disponível a todas as pacientes do serviço público. É feito por um cardiologista pediátrico onde se visualiza detalhadamente o coração fetal, os vasos que entram e saem do coração e o tamanho das câmaras cardíacas. Pode detectar má formação cardíaca, permitindo a programação de uma cirurgia no nascimento.

A ultrassonografia 3D mostra fotos do bebê em três dimensões, com riqueza de detalhes e, na 4D, é possível ver os movimentos. A melhor fase para realizar esse tipo de exame é entre a 26ª e 30ª semanas de gestação.

O sexo do bebê pode ser visto na USG a partir de 16ª semana.

Dra Aline Ramos Teixeira

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