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Portadores da síndrome de down lutam por ecocardiograma gratuito

18 de maio de 2011 - 10:00

Cassilândia News
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A dona de casa Ana Cristina da Silva, 36 anos, só ficou sabendo que a filha tem Síndrome de Down quando a criança nasceu, mas ela estava no 9° mês de gestação quando teve a notícia que seu bebê tinha problema no coração.

As doenças cardíacas congênitas são as principais causas da morte precoce das crianças portadoras da Síndrome. “Quando eu passei a fazer tratamento de estimulação precoce na minha filha, conheci uma mãe que perdeu o bebê com um ano por causa de doenças no coração”, disse.

O ecocardiograma torna possível avaliar as condições cardiovasculares do recém-nascido e encaminhá-lo ao Serviço de Estimulação e Habilitação, composto por fisioterapia, fonoterapia e terapia ocupacional.

Mas a fundadora da Sociedade Educacional Juliano Varela, Malu Fernandes, explica que as mães aguardam um longo tempo nas filas para conseguir realizar o exame em seus bebês e enquanto isso elas sofrem por não saberem se o bebê apresenta problema cardíaco.

Ana conta que imediatamente o pediatra encaminhou Laura, agora com 3 anos, para acompanhamento com um cardiologista. No primeiro exame o médico já constatou que a criança tinha sopro no coração e teria que fazer uma cirurgia.

Com seis meses, Laura fez uma operação para colocar uma fita no coração e impedir que o sangue chegasse até o pulmão. “A segunda ela fez com um ano e cinco meses para retirada da fita e correção do sopro.

Nos primeiros meses, Laura tinha acompanhamento mensal com pediatra cardiologista. Depois que foi feita a cirurgia, as consultas diminuíram de ano em ano. “Eu sei que qualquer pessoa pode nascer com sopro no coração, mas a criança de Down é mais sensível a esse tipo de doença”, explica Ana.

“Demorei a aceitar que minha filha tinha Down, depois com o problema no coraçãozinho dela, eu esqueci e passei a me preocupar só com a saúde dela”, afirma Ana que teve sorte em conseguir atendimento rápido com um cardiologista.

O ecocardiograma é o exame mais indicado para detectar problemas anatômicos. Conforme Malu, cerca de 70% das crianças que frequentam a entidade nasceram com algum problema cardíaco.

“Quanto antes ser diagnosticado o problema, mais cedo a criança começa a ser estimulada e correrá menor risco de morrer”, finaliza.

Projeto - Um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Zé Teixeira (DEM) no último dia 10 prevê que todos os recém-nascidos portadores da Síndrome Down podem ter ecocardiograma gratuito em Mato Grosso do Sul.

A proposta está sendo analisada pela CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação) e precisará ser aprovada em plenário e sancionada pelo governador antes de se tornar lei.

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